terça-feira, 18 de abril de 2017

Lobbismo

Caderno de Política
por Cícero Esdras Neemias

Enquanto críticos ao texto de Safatle, que tomou de nossa água, se debatem na melhor alternativa de reforma do Estado, a esquerda festiva já se movimenta para que ele, o Estadão, continue grande, gordo, exatamente igual ao Sr. Creosote, o homem que buscava sentido para sua vida, retirando da vida todo o seu sentido.

Recentemente isso aconteceu nos bastidores da política, conforme confissão de um defensor do "Estado Creosote" a uma dessas revistas que nem aos banheiros serve por pura falta de pornografia adequada.

A inadequada pornografia saiu das lentes de uma espécie de JR Duran canhoto: o retratista de pornochanchada Walfrido.

Ele teria preparado a tão sonhada regulamentação do lobby político e ao invés de acabar com esse câncer da nossa demagocracia chamado Congresso Nacional, o tal projeto de lei cria mais um layer para que o povo interaja com a atividade legislativa.

A nossas demagocracia, que é indireta, se tornaria, como esse lobby que monopoliza o contato com o Congresso nas mãos de meia dúzia de lobistas oficiais, criaria mais uma barreira para acabar de vez com essas tolices de iniciativa popular com a tal das "10 medidas".

Funcionaria assim: "Precisamos regular a criação, o funcionamento e o financiamento das frentes parlamentares, para que a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), as associações de jornalistas, produtores de plástico, agricultores, e por aí vai, possam apresentar os seus interesses ao Parlamento para a melhoria do ambiente legislativo no País".

Frentes parlamentares com CNPJ e tudo mais. Podendo doar para campanhas e etc e por ai vai.

Quando o repórter perguntou se isso não era lobby, respondeu o pornógrafo: "Não gosto desse termo, porque ele tem uma carga pejorativa e não explica a natureza da questão. O que faz o Parlamento? Representa os interesses do povo brasileiro. Não podemos distanciar os representantes dos representados. Em um país com mais de 200 milhões de habitantes, o que podemos fazer para aproximar os parlamentares dos cidadãos? Mais do que isso, como promover essa aproximação em uma economia capitalista, onde tudo tem um custo? O simples deslocamento de um lugar para o outro gera despesa, assim como a organização de uma palestra, de um encontro setorial. Isso precisa ser custeado pela sociedade civil, por quem têm interesse em melhorar as leis do País sobre determinado tema."

Que jeito mais estranho de aproximar, não?

Na prática, funcionaria assim: "Um anteprojeto de minha autoria (...) busca justamente aperfeiçoar essa relação entre a sociedade civil e o Congresso Nacional. O texto prevê que as frentes parlamentares possam ser criadas por qualquer uma das Casas Legislativas, sujeitas à inspeção dos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado. As frentes precisam ter um CNPJ e os líderes serão responsáveis pela gestão dos recursos e prestação de contas."

Depois, ao final da entrevista, Walfrido tira o boné e grita: Pegadinha do Malandro!!!

Ele sabe que esse jeito de aproximar botando gente no meio e parlamentares para fiscalizar os intermediários só vai aproximar mais a raposa do galinheiro, para não dizer, os "amigos" dos parlamentares do dinheiro público.

Ah, pornógrafo brincalhão...!!!,  você é mesmo um pândego das esquerdas........