Diretoria Administrativa e Editorial
Juntamente com o resto da Humanidade, os Diários Associados Bola Preta e o seu time de elite escalado para os maravilhosos textos na Folha da Madrugada e no Vera Cruz Times, reunir-se-ão para traçar as diretivas editoriais de 2017 em offsite a ser realizado no Monte de Vênus.
Outrora também conhecida a misteriosa localidade, entre os romanos, como a Domus Fallus, todos os jornalistas e articulistas estarão in loco articulando e fazendo o balanço neste ano que fecha para os anos que abrem.
Como tudo que fazemos, será um trabalho duro, com as mãos limpas.
E o resultado disso será integralmente colhido pelos seus olhos, leitor de honra, leitora de fé.
Obrigado por nada deste 2016 e que 2017 nos prepare menos ainda.
Jornalismo Instigativo Clássico Pós-Moderno...................................... LIVRE COMO UM TÁXI, OCUPADO COMO UM UBER @DiarioBolaPreta
segunda-feira, 19 de dezembro de 2016
domingo, 18 de dezembro de 2016
Tapetão Mágico de Lulja
Caderno de Política
por Cícero Esdras Neemias
O presidente Lulja, esse ás no Estado, fez uma opção que cobrará o seu preço: ao invés de governar por meio de decretos, assumiu abertamente a alternativa de governar por meio de decrépitos - sabemos onde isso vai chegar.
Como bom descendente de fenícios que é, deu-se ao trabalho de tecelão e desde há tempos, vai cosendo o tapete com que tenta cobrir toda a sujeira que está à mostra em seu governo.
Não perde tempo varrendo (sob tapetes de má qualidade e que, convenhamos, já estão cheios de sujeira varrida por seus antecessores) - ele faz mais e de maneira mais hábil, inédita e incrível: vai tecendo o seu próprio cobre-merdas, mas, notem; comete um erro.
Tece e estica ao mesmo tempo, mas segue tecendo os metros faltantes de tapete justamente em cima da parte já tecida.
Em 2017, todos estarão cobertos sobre o Tapetão Mágico de Lulja, que pensa ele, solitário sobre o tapete, há de voar mais alto que o de Alladin. Engana-se Lulja. Antes que o Tapete Mágico voe ou mesmo sequer termine de ser tecido por aquele que insiste em ficar sobre o mesmo tapete, um grupo de mãos há de puxá-lo, precipitando para a sujeira mal coberta o tristonho Lulja. E ele, com seus 40 cobertos, serão desta vez varridos para sempre do parquet, tamanho o loteamento dos demais tapetes da história, onde não mais caberão, nem mesmo para ouvir dos demais acobertados: eu te avisei...
por Cícero Esdras Neemias
O presidente Lulja, esse ás no Estado, fez uma opção que cobrará o seu preço: ao invés de governar por meio de decretos, assumiu abertamente a alternativa de governar por meio de decrépitos - sabemos onde isso vai chegar.
Como bom descendente de fenícios que é, deu-se ao trabalho de tecelão e desde há tempos, vai cosendo o tapete com que tenta cobrir toda a sujeira que está à mostra em seu governo.
Não perde tempo varrendo (sob tapetes de má qualidade e que, convenhamos, já estão cheios de sujeira varrida por seus antecessores) - ele faz mais e de maneira mais hábil, inédita e incrível: vai tecendo o seu próprio cobre-merdas, mas, notem; comete um erro.
Tece e estica ao mesmo tempo, mas segue tecendo os metros faltantes de tapete justamente em cima da parte já tecida.
Em 2017, todos estarão cobertos sobre o Tapetão Mágico de Lulja, que pensa ele, solitário sobre o tapete, há de voar mais alto que o de Alladin. Engana-se Lulja. Antes que o Tapete Mágico voe ou mesmo sequer termine de ser tecido por aquele que insiste em ficar sobre o mesmo tapete, um grupo de mãos há de puxá-lo, precipitando para a sujeira mal coberta o tristonho Lulja. E ele, com seus 40 cobertos, serão desta vez varridos para sempre do parquet, tamanho o loteamento dos demais tapetes da história, onde não mais caberão, nem mesmo para ouvir dos demais acobertados: eu te avisei...
quinta-feira, 15 de dezembro de 2016
Editorial
por Dom Fernandes III
Michel Temer, o presidente que tem Lulja no nome, tem tido, igual e ostensivamente, Lulja nas atitudes: vai se cercando de cangaceiros, punguistas, infames, vulgares, trapaceiros, preguiçosos, imbecis, energúmenos, incoerentes, cretinos, bufões, salafrários, mentirosos, embusteiros, golpistas, tapeadores, vigaristas, boçais, cafajestes e, sobretudo, advogados e contadores.
Traça e desenha com perfeição uma rotina de tolices entremeadas com leves malandragens, a que se acostumaram em Brasília de chamar pelo trocado realpolitik.
Faz de tudo e mais um pouco (mas ainda menos que o Diabo, que era feito e assumido pela antecessora amigona de chapa) para terminar sua saga entre o Rol Eterno dos "Vis do Brasil".
Diz que dizem o que disse que disse para dar a impressão de que não tem nada a ver com nada, mas assim como o outro preferia o sarcástico "eu não sabia", Lulja vai na linha do "sabia mas mesmo discordando, eles foram lá e fizeram... pode?". É uma evolução, sem dúvida.
Passou há dias um teto que cobre a casa de tempestades anteriores, enquanto se embrenha na missão de mexer numa previdência sem tocar na conta das Viúvas do funcionalismo e das filhas solteiras da Turma da Gloriosa, largando assim no colo de quem tem que trabalhar mais uns 15 anos, praticamente um orçamento de um Bolsa Família e Meio.
Entre uma e outra reforminha, vai jogando o jogo dos calheiros e canalhas, usando os olhos de cachorro pidão para uma carminha de plantão lhe virar a ampulheta da empulhação e trocar a guerra contra a corrupção por um abuso de autoridade que fala em acabar com a autoridade dos abusos. E tudo isso, lógico, depois do Corujão, com ou sem horário que Verão.
A Chico o que é de Chico ("Vai trabalhar, vagabundo"), enquanto que pau que bate em César, uma hora vai bater em Caesar.
Lulja: em 2017, sua hora vai chegar.
Michel Temer, o presidente que tem Lulja no nome, tem tido, igual e ostensivamente, Lulja nas atitudes: vai se cercando de cangaceiros, punguistas, infames, vulgares, trapaceiros, preguiçosos, imbecis, energúmenos, incoerentes, cretinos, bufões, salafrários, mentirosos, embusteiros, golpistas, tapeadores, vigaristas, boçais, cafajestes e, sobretudo, advogados e contadores.
Traça e desenha com perfeição uma rotina de tolices entremeadas com leves malandragens, a que se acostumaram em Brasília de chamar pelo trocado realpolitik.
Faz de tudo e mais um pouco (mas ainda menos que o Diabo, que era feito e assumido pela antecessora amigona de chapa) para terminar sua saga entre o Rol Eterno dos "Vis do Brasil".
Diz que dizem o que disse que disse para dar a impressão de que não tem nada a ver com nada, mas assim como o outro preferia o sarcástico "eu não sabia", Lulja vai na linha do "sabia mas mesmo discordando, eles foram lá e fizeram... pode?". É uma evolução, sem dúvida.
Passou há dias um teto que cobre a casa de tempestades anteriores, enquanto se embrenha na missão de mexer numa previdência sem tocar na conta das Viúvas do funcionalismo e das filhas solteiras da Turma da Gloriosa, largando assim no colo de quem tem que trabalhar mais uns 15 anos, praticamente um orçamento de um Bolsa Família e Meio.
Entre uma e outra reforminha, vai jogando o jogo dos calheiros e canalhas, usando os olhos de cachorro pidão para uma carminha de plantão lhe virar a ampulheta da empulhação e trocar a guerra contra a corrupção por um abuso de autoridade que fala em acabar com a autoridade dos abusos. E tudo isso, lógico, depois do Corujão, com ou sem horário que Verão.
A Chico o que é de Chico ("Vai trabalhar, vagabundo"), enquanto que pau que bate em César, uma hora vai bater em Caesar.
Lulja: em 2017, sua hora vai chegar.
quinta-feira, 8 de dezembro de 2016
Dia da JUSTIÇA
Caderno Especial da Justiça
por Ministro Anselmo Biltre*
Hoje comemoramos o dia daquela que, sendo a última a ter entrado no sistema estatal dos Poderes (entrou, ainda por cima, pelo sistema de quotas, pois é deficiente visual desde nascença, segundo alega), é a única a ter um dia só pra si.
Os outros, digamos, gozam nos demais 364 dias, segundo acordos de ocasião. Mas a Justiça goza hoje.
Na Grécia, nasceu primeiro que as outras (dizem até que é tia-avó de todas as demais). Mas no Brasil foi trazida para a festa por último. Anos se passaram e resolveram dar um dia só para ela: hoje.
Pois ontem, conforme vimos e ela não (é esse problema de deficiência e tal), a Justiça acolheu o gozo dos demais, conforme sempre fez e sempre o fará.
Parabéns Justiça!!!
Você é demais!!!
Goze bastante o dia de hoje pois amanhã já é dia de batente para o gozo alheio.
* ex-Ministro do Supremo Tribunal da Verdade e ex-juiz do C.U. (Corte Universal).
por Ministro Anselmo Biltre*
Hoje comemoramos o dia daquela que, sendo a última a ter entrado no sistema estatal dos Poderes (entrou, ainda por cima, pelo sistema de quotas, pois é deficiente visual desde nascença, segundo alega), é a única a ter um dia só pra si.
Os outros, digamos, gozam nos demais 364 dias, segundo acordos de ocasião. Mas a Justiça goza hoje.
Na Grécia, nasceu primeiro que as outras (dizem até que é tia-avó de todas as demais). Mas no Brasil foi trazida para a festa por último. Anos se passaram e resolveram dar um dia só para ela: hoje.
Pois ontem, conforme vimos e ela não (é esse problema de deficiência e tal), a Justiça acolheu o gozo dos demais, conforme sempre fez e sempre o fará.
Parabéns Justiça!!!
Você é demais!!!
Goze bastante o dia de hoje pois amanhã já é dia de batente para o gozo alheio.
* ex-Ministro do Supremo Tribunal da Verdade e ex-juiz do C.U. (Corte Universal).
segunda-feira, 5 de dezembro de 2016
Blowing job in the wind
Caderno de Cultura
por Dionísio Crátino
A Fundação Nobel, outrora responsável por premiar, no campo da literatura, gente como Pablo Neruda, Anatole France, Yeats, Thomas Mann, G. B. Shaw, Bertrand Russell, Pirandello, Juan Ramón Jiménez, Camus, Beckett, Sartre, Saramago, Gabriel Garcia Marquez, Vargas Llosa, resolveu fazer um job de escolha que louvou o blower Bob Dylan.
Eduardo Suplicy animou-se (inutilmente) mas Paulo Coelho (nas parecerias com Raul Seixas) e Jô Soares, igualmente blowers (no caso do segundo, um verdadeiro wind blower) viram ótimas alternativas à ABL (já conquistada por um e cobiçada pelos demais).
Hoje, não se sabe o que é fazer um bom trabalho literário - qual seja, a good job: but the answer, my friend, is blowing in the wind...
por Dionísio Crátino
A Fundação Nobel, outrora responsável por premiar, no campo da literatura, gente como Pablo Neruda, Anatole France, Yeats, Thomas Mann, G. B. Shaw, Bertrand Russell, Pirandello, Juan Ramón Jiménez, Camus, Beckett, Sartre, Saramago, Gabriel Garcia Marquez, Vargas Llosa, resolveu fazer um job de escolha que louvou o blower Bob Dylan.
Eduardo Suplicy animou-se (inutilmente) mas Paulo Coelho (nas parecerias com Raul Seixas) e Jô Soares, igualmente blowers (no caso do segundo, um verdadeiro wind blower) viram ótimas alternativas à ABL (já conquistada por um e cobiçada pelos demais).
Hoje, não se sabe o que é fazer um bom trabalho literário - qual seja, a good job: but the answer, my friend, is blowing in the wind...
Enterrando cinzas
Vera Cruz Times
por Prof. Coitinho da Moita*
Ontem encerrou-se o féretro do Grande Comandante Castro.
Ele foi o primeiro Ex-Ser Vivo da História da Humanidade (e da Desumanidade também) a ser cremado e enterrado!
Ontem enterraram suas cinzas!
Isso foi feito para que não se restassem dúvidas (ou só restassem as dúvidas - como quiser, leitor).
* Prof. Titular Catedrático de Lógica Absoluta da Universidade de La Havana Club, ESPECIAL para o Vera Cruz Times
por Prof. Coitinho da Moita*
Ontem encerrou-se o féretro do Grande Comandante Castro.
Ele foi o primeiro Ex-Ser Vivo da História da Humanidade (e da Desumanidade também) a ser cremado e enterrado!
Ontem enterraram suas cinzas!
Isso foi feito para que não se restassem dúvidas (ou só restassem as dúvidas - como quiser, leitor).
* Prof. Titular Catedrático de Lógica Absoluta da Universidade de La Havana Club, ESPECIAL para o Vera Cruz Times
domingo, 4 de dezembro de 2016
sexta-feira, 2 de dezembro de 2016
Parâmetros Brasileiros
Caderno de Letras Jurídicas
por Clóvis Hauser (estagiário com OAB e de DP em "Estudos dos Problemas Brasileiros")
Esses dias a Doutora Kátia Rebello, ex-bailarina e ex-herdeira do Banco Rural, presa no contexto do Mensalão, foi pra casa dançar em teto próprio.
O Mensalão é de 2005 e Kátia foi presa em 2012, logo após a condenação por 14 anos por envolvimento "naquela coisa toda".
Quatro anos depois, já foi liberada para fazer plié em casa.
O caso Enron, por sua vez, aconteceu em 2002 e foi julgado definitivamente em 2006. Jeff Skilling pegou 24 anos e pelo seu bom comportamento, pode ir para a casa ano que vem.
Vejamos os números: Mensalão - o dobro do tempo para julgar tudo de forma definitiva, quase metade da quantidade de pena aplicada e quase um terço da pena efetivamente cumprida, para um escândalo que varreu financeiramente o país em números quase 10 vezes superiores ao da Enron.
Na Lavajato não temos um quadro muito diferente, apesar do esforço da galera em deixar a cambada presa por mais tempo e os números do escândalo só em relação a Petrobrás terem transformado a Enron numa pequena molecagem.
O Brasil é realmente um país muito legal sob o ponto de vista jurídico...
por Clóvis Hauser (estagiário com OAB e de DP em "Estudos dos Problemas Brasileiros")
Esses dias a Doutora Kátia Rebello, ex-bailarina e ex-herdeira do Banco Rural, presa no contexto do Mensalão, foi pra casa dançar em teto próprio.
O Mensalão é de 2005 e Kátia foi presa em 2012, logo após a condenação por 14 anos por envolvimento "naquela coisa toda".
Quatro anos depois, já foi liberada para fazer plié em casa.
O caso Enron, por sua vez, aconteceu em 2002 e foi julgado definitivamente em 2006. Jeff Skilling pegou 24 anos e pelo seu bom comportamento, pode ir para a casa ano que vem.
Vejamos os números: Mensalão - o dobro do tempo para julgar tudo de forma definitiva, quase metade da quantidade de pena aplicada e quase um terço da pena efetivamente cumprida, para um escândalo que varreu financeiramente o país em números quase 10 vezes superiores ao da Enron.
Na Lavajato não temos um quadro muito diferente, apesar do esforço da galera em deixar a cambada presa por mais tempo e os números do escândalo só em relação a Petrobrás terem transformado a Enron numa pequena molecagem.
O Brasil é realmente um país muito legal sob o ponto de vista jurídico...
Panóptico de Cícero
Caderno de Política
por Cícero Esdras Neemias
Fidel morreu em uma Black Friday - piada pronta.
Mas o mistério da vida é: para onde foi Fidel em seu postmortem?
Talvez nunca saibamos, nem mesmo quando a Princesa das Trevas chegar a nós para bailar a Valsa dos Eternos.
Até lá, criamos nossos mitos.
Fidel foi um deles e eu já tenho lugar para ele.
Soube um dia que ele era responsável por uns 17 mil fuzilamentos de quem ousou pensar diferente dele (ou que ele pensou que a pessoa pensava diferente dele, vai saber).
Pois bem, na barganha da história, assumiu 7 mil e jogou outros 10 mil "na conta do Papa".
Por essa aritmética, coloquei Fidel no meu panóptico, o famoso Panóptico de Cícero.
O Panóptico de Cícero é a prisão mental em que eu, no centro dela, coloco algumas pessoas que têm algo em comum, todas encarceradas a minha volta para que eu olhe nos olhos de cada ocupante de cada cela, classificando, nesse inferno dantesco-ciceroneano os delitos de que quero distância. Representam, todos, para mim, o que menos quero em minha vida. Por isso o aspecto Panóptico.
A entrada no Panóptico de Cícero não segue exatamente a data em que os crimes ocorreram. Essa entrada segue um regime meu, próprio, na medida em que vou conhecendo essas figuras ao longo da minha longa vida e precisando dar um lar a elas em minhas memórias fúnicas.
Na verdade, em um primeiro momento, eu tento esquecê-las, mas as barbaridades são tantas que não resta outro tratamento na memória: o Panóptico.
Para isso ele foi criado em minha mente. Para guardar essas pessoas, numa espécie de pasta reservada do meu SSD (desculpe, eu não tenho HD), eu criei esse Panóptico que facilita o acesso a dados e dossiês quando essas pessoas são mencionadas em conversas aleatórias.
Há gente que ingressa lá após investigação, mas já alguns que parecem ter nascido no Panóptico de Cícero (nunca foram crianças e nem se imagina engatinhando ou sorrindo para passarinhos ou girassóis): Hitler, Mao, Nero, Stálin, Pinochet, Saddam, Bin Laden são tipos que parecem ter nascido lá dentro. Outros menos conhecidos também já nasceram lá: Pol Pot, Giap, Videla, Solano López e essa gente toda do jihadismo que eu nem me preocupo muito em guardar nome, nacionalidade e tamanho da barba.
Há os que ingressaram depois de certa due diligence: Napoleão, Calígula, Papa Bórgia e uma certa penca de traficantes e "donos de morro" mundo a fora. O amiguinho Che, que se autointitulava bebedor e sangue de inimigos, ingressou após due diligence feita num curto espaço de meia hora.
Fidel foi um destes. Ingressou após breve due diligence sobre seus feitos realizados entre a construção de hospitais e paredões, entre os pelotões que defenderam a soberania de Cuba e os pelotões de fuzilamento. Fidel acabou indo parar no Panóptico de Cícero lá pelos idos dos anos 1980 e por não ter nascido lá, a possibilidade de sair rondou-lhe a vida mas nunca foi por ele bem aproveitada. Ele honestamente gostou do lugar e nunca se importou e cometer alguma benevolência ou ato de maturidade para, como Lampião, Kruschev, Roberto Jefferson, Ronald Reagan e Paulo Maluf, entrar e sair no Panóptico de Cícero.
Hoje que completou a sua apocoloquintosis (qual seja, no 7o dia após o Black Friday mortal), ingressou de forma definitiva no Panóptico de Cícero, pois sua chance de sair por algum ato de final de vida que pudesse compará-lo a Gandhi, encerrou-se cabalmente com a sua morte.
Atualmente, ele joga baralho e vê novela brasileira ao lado de Hitler e Mao na ala dos genocidas do Panóptico de Cícero.
Aproveite as companhias, Fidel, e deixe que elas também se aproveitem de você e... Viva La Vida Loca, Comandante de mierda!!!
por Cícero Esdras Neemias
Fidel morreu em uma Black Friday - piada pronta.
Mas o mistério da vida é: para onde foi Fidel em seu postmortem?
Talvez nunca saibamos, nem mesmo quando a Princesa das Trevas chegar a nós para bailar a Valsa dos Eternos.
Até lá, criamos nossos mitos.
Fidel foi um deles e eu já tenho lugar para ele.
Soube um dia que ele era responsável por uns 17 mil fuzilamentos de quem ousou pensar diferente dele (ou que ele pensou que a pessoa pensava diferente dele, vai saber).
Pois bem, na barganha da história, assumiu 7 mil e jogou outros 10 mil "na conta do Papa".
Por essa aritmética, coloquei Fidel no meu panóptico, o famoso Panóptico de Cícero.
O Panóptico de Cícero é a prisão mental em que eu, no centro dela, coloco algumas pessoas que têm algo em comum, todas encarceradas a minha volta para que eu olhe nos olhos de cada ocupante de cada cela, classificando, nesse inferno dantesco-ciceroneano os delitos de que quero distância. Representam, todos, para mim, o que menos quero em minha vida. Por isso o aspecto Panóptico.
A entrada no Panóptico de Cícero não segue exatamente a data em que os crimes ocorreram. Essa entrada segue um regime meu, próprio, na medida em que vou conhecendo essas figuras ao longo da minha longa vida e precisando dar um lar a elas em minhas memórias fúnicas.
Na verdade, em um primeiro momento, eu tento esquecê-las, mas as barbaridades são tantas que não resta outro tratamento na memória: o Panóptico.
Para isso ele foi criado em minha mente. Para guardar essas pessoas, numa espécie de pasta reservada do meu SSD (desculpe, eu não tenho HD), eu criei esse Panóptico que facilita o acesso a dados e dossiês quando essas pessoas são mencionadas em conversas aleatórias.
Há gente que ingressa lá após investigação, mas já alguns que parecem ter nascido no Panóptico de Cícero (nunca foram crianças e nem se imagina engatinhando ou sorrindo para passarinhos ou girassóis): Hitler, Mao, Nero, Stálin, Pinochet, Saddam, Bin Laden são tipos que parecem ter nascido lá dentro. Outros menos conhecidos também já nasceram lá: Pol Pot, Giap, Videla, Solano López e essa gente toda do jihadismo que eu nem me preocupo muito em guardar nome, nacionalidade e tamanho da barba.
Há os que ingressaram depois de certa due diligence: Napoleão, Calígula, Papa Bórgia e uma certa penca de traficantes e "donos de morro" mundo a fora. O amiguinho Che, que se autointitulava bebedor e sangue de inimigos, ingressou após due diligence feita num curto espaço de meia hora.
Fidel foi um destes. Ingressou após breve due diligence sobre seus feitos realizados entre a construção de hospitais e paredões, entre os pelotões que defenderam a soberania de Cuba e os pelotões de fuzilamento. Fidel acabou indo parar no Panóptico de Cícero lá pelos idos dos anos 1980 e por não ter nascido lá, a possibilidade de sair rondou-lhe a vida mas nunca foi por ele bem aproveitada. Ele honestamente gostou do lugar e nunca se importou e cometer alguma benevolência ou ato de maturidade para, como Lampião, Kruschev, Roberto Jefferson, Ronald Reagan e Paulo Maluf, entrar e sair no Panóptico de Cícero.
Hoje que completou a sua apocoloquintosis (qual seja, no 7o dia após o Black Friday mortal), ingressou de forma definitiva no Panóptico de Cícero, pois sua chance de sair por algum ato de final de vida que pudesse compará-lo a Gandhi, encerrou-se cabalmente com a sua morte.
Atualmente, ele joga baralho e vê novela brasileira ao lado de Hitler e Mao na ala dos genocidas do Panóptico de Cícero.
Aproveite as companhias, Fidel, e deixe que elas também se aproveitem de você e... Viva La Vida Loca, Comandante de mierda!!!
Castro
Vera Cruz Times
por José da Silva
A primeira vez que ouvi falar de Fidel Castro, tinha lá meus 12 para 13 anos de idade.
Ocorreu, obviamente, numa aula de história. Jamais ocorreria numa aula de matemática, biologia, física, química, literatura, mencionar um sujeito como esse. Muitos dirão entretanto, com certa ironia, que ao estadista cabe mudar a história - o resto que se exploda (numa bomba atômica, de preferência).
Incrível entretanto pensarmos em estadistas como Benjamin Franklin, facilmente citável tanto em uma aula de história, quanto de matemática, biologia, física, química e... até literatura!
Enfim, é o que tínhamos e graças a Deus, não temos mais, para hoje.
Não foi citado em outras aulas porque simplesmente foi irrelevante para a matemática, a biologia, a física, a química e a literatura. Em outras palavras, não mudou o mundo. Seu grande feito histórico foi apenas e tão somente ter tornado o mundo mais perigoso - e da forma mais desnecessária possível.
Naquele tempo eu cursava o que já foi chamado de 2o ano ginasial, que passou a ser chamar 6a série primária e hoje se chama 7o ano do fundamental.
Um aluno trouxe o tema a baila e a professora desandou a falar. Na época gostava muito de história, mas de Grécia, Roma, Idade Média e essas coisas que tanto encantam a molecada. Era moda na época também falar de voto. Golbery preparava o Brasil para a abertura e fazia os primeiros testes com eleições diretas, retomando no Brasil as falas sobre a importância do voto.
Votar era tão importante quanto reconhecer uma democracia. O Brasil era curiosamente uma ditadura com voto (indireto), mas todos sabiam que sem voto, o regime seria indiscutivelmente ditatorial.
Quando a mestra foi provocada sobre o tema Fidel Castro (nesse tempo, muito antes de Paula e Hortência), desancou nos elogios. Eu não conhecia o dito cujo, mas alguém cochichou que seria o tal "ditador de Cuba". Os elogios seguiram, desnecessariamente, pois a aula era sobre Revolução Francesa ou outro tema assim. A ideia era mesmo desestabilizar e engambelar a tola professora para que desse menos matéria para que todos estudassem menos para a prova do semestre. Tão simples quanto isso - nem o perguntador nem a sala estava interessada em Fidel Castro e tola mordeu a isca e começou a gastar tempo falando de um "ditador".
Minha igualmente tola curiosidade desafiadora levantou a polêmica da aula anterior e tentou inserir no tema Fidel: voto. Levante a mão e perguntei: "prof..., esse herói ai, depois que limpou a ilha dos bandidos, seguiu no cargo eleito?". Resposta pensativa: "hummm... não... acho que não... de fato, não". Repliquei: "bem, não é não, né? não foi eleito... então que tipo de democracia sem voto se pratica por lá? consegue nos explicar?". A professora acionou o gerador de lero-lero e falou por 1 hora. Voltou ao tema na aula seguinte..., e na seguinte,... depois na seguinte...
Tomei lanche de graça até o fim do ano e os alunos venceram, graças a mim! Naquele ano todas as provas de história só tinham perguntas sobre renascimento e todos terminaram o ano com notas altíssimas, tendo que precisar estudar praticamente nada, apenas repetindo o mesmo gerador de lero-lero semestralmente.
por José da Silva
A primeira vez que ouvi falar de Fidel Castro, tinha lá meus 12 para 13 anos de idade.
Ocorreu, obviamente, numa aula de história. Jamais ocorreria numa aula de matemática, biologia, física, química, literatura, mencionar um sujeito como esse. Muitos dirão entretanto, com certa ironia, que ao estadista cabe mudar a história - o resto que se exploda (numa bomba atômica, de preferência).
Incrível entretanto pensarmos em estadistas como Benjamin Franklin, facilmente citável tanto em uma aula de história, quanto de matemática, biologia, física, química e... até literatura!
Enfim, é o que tínhamos e graças a Deus, não temos mais, para hoje.
Não foi citado em outras aulas porque simplesmente foi irrelevante para a matemática, a biologia, a física, a química e a literatura. Em outras palavras, não mudou o mundo. Seu grande feito histórico foi apenas e tão somente ter tornado o mundo mais perigoso - e da forma mais desnecessária possível.
Naquele tempo eu cursava o que já foi chamado de 2o ano ginasial, que passou a ser chamar 6a série primária e hoje se chama 7o ano do fundamental.
Um aluno trouxe o tema a baila e a professora desandou a falar. Na época gostava muito de história, mas de Grécia, Roma, Idade Média e essas coisas que tanto encantam a molecada. Era moda na época também falar de voto. Golbery preparava o Brasil para a abertura e fazia os primeiros testes com eleições diretas, retomando no Brasil as falas sobre a importância do voto.
Votar era tão importante quanto reconhecer uma democracia. O Brasil era curiosamente uma ditadura com voto (indireto), mas todos sabiam que sem voto, o regime seria indiscutivelmente ditatorial.
Quando a mestra foi provocada sobre o tema Fidel Castro (nesse tempo, muito antes de Paula e Hortência), desancou nos elogios. Eu não conhecia o dito cujo, mas alguém cochichou que seria o tal "ditador de Cuba". Os elogios seguiram, desnecessariamente, pois a aula era sobre Revolução Francesa ou outro tema assim. A ideia era mesmo desestabilizar e engambelar a tola professora para que desse menos matéria para que todos estudassem menos para a prova do semestre. Tão simples quanto isso - nem o perguntador nem a sala estava interessada em Fidel Castro e tola mordeu a isca e começou a gastar tempo falando de um "ditador".
Minha igualmente tola curiosidade desafiadora levantou a polêmica da aula anterior e tentou inserir no tema Fidel: voto. Levante a mão e perguntei: "prof..., esse herói ai, depois que limpou a ilha dos bandidos, seguiu no cargo eleito?". Resposta pensativa: "hummm... não... acho que não... de fato, não". Repliquei: "bem, não é não, né? não foi eleito... então que tipo de democracia sem voto se pratica por lá? consegue nos explicar?". A professora acionou o gerador de lero-lero e falou por 1 hora. Voltou ao tema na aula seguinte..., e na seguinte,... depois na seguinte...
Tomei lanche de graça até o fim do ano e os alunos venceram, graças a mim! Naquele ano todas as provas de história só tinham perguntas sobre renascimento e todos terminaram o ano com notas altíssimas, tendo que precisar estudar praticamente nada, apenas repetindo o mesmo gerador de lero-lero semestralmente.
domingo, 13 de novembro de 2016
Voto Obrigatório X Voto Facultativo
Caderno de Política
por Cícero Esdras Neemias
Após a eleição de
Donaldo Trompete (e não "Topete"), seguidas por uma "guinada à
direita" no nível municipal brasileiro, causa (direta ou indireta, que
seja) dos tropeços da esquerda em seus próprios cadarços, abre-se na Academia e
em jornais de menor expressão o debate sobre Voto
Obrigatório X Voto Facultativo.
No caso Trompete,
onde o voto é facultativo e a captura da opinião do ausente eventual se
transmuda em "maioria silenciosa", não é a obrigatoriedade do voto
que se debate, mas sim o modo de interpretá-lo no varejo. Um sistema
federalista puro, em que os estados declaram a prospecção do vencedor local em
detrimento de uma soma absoluta de votos do todo nacional, sem distinções
regionais, tem tônica mais forte do que propriamente a transformação de um
direito de escolha em dever cívico-funcional, o que seria, no caso em
discussão, um problema destes cantos do mundo.
Por lá, muito por
influência jeffersoniana, criou-se nos idos de 1788 um sistema que seria (ao
menos como se via naquele tempo pré-Texas e proto-iPhone) “à prova de oportunistas”.
É nesse sistema que o federalismo americano se expressa da forma mais plena e
acabada: a União não interfere na escola que cada estado fizer, nem tampouco
interferem os estados, entre si, em suas próprias escolhas: os mais justos até
que reclamam dos mais injustos, mas fora reclamar, nada lhes resta a fazer. Vai
quem quer (às urnas), chega quem pode mais (à Casa Branca), cada qual com o seu
regulamento embaixo do braço (esquerdo ou direito).
O caso Trompete
quebra essa máxima da blindagem política: foi justamente esse sistema casado à
não obrigatoriedade do voto que alçou à Casa Branca essa espécie de Homem de
Cabelos Laranja com espírito de Rei Norte Coreano Pré-Adolescente.
Enquanto por lá se
discute como evitar não apenas gente como Trombeta (ou Trompete, pois não quero
aqui confundir “Trump” com “Horn”), lembram-se também as alternativas que
estavam surgindo do outro lado dos insatisfeitos: um tal de Bernardo da Areia,
que a ventania da Trombeta acabou de dissipar de forma definitiva. Em outras
palavras, esse sistema federalista (hoje em dia bem para lá de tosco de forma
geral), como havia sido prenunciado em 2000 pela vitória mal explicada do Jorge
Andarilho Moita ia dar onde deu - pena que ninguém imaginava qual néscio da
altura do Sr. Trombeta que aproveitar-se-ia temerosamente dessa oportunidade.
Que seja, isso é o
que temos para hoje.
Por aqui,
percebe-se que o voto obrigatório seria nossa mazela (ou senzala).
Outrora atacado
pelo mesmo PT que passou a defendê-lo com unhas e dentes assim que chegou ao
poder e que agora, vendo seus apaniguados do Bolsa Família abrindo as portas de
palácios governamentais aos pastores pentecostais, o voto obrigatório ganha as
pedradas de todos aqueles que não são MDB.
Sim, ele, esse
malfeitor, o voto obrigatório, que já passou do tempo dos ataques enquanto
vemos até o facultativo sofrer fuzilamento em praça pública. Dizem por ai que
tem gente demais sem saber o que pensa tendo o direito de dizer o que acha
sobre algo que não faz a menor ideia de como funciona: e quando esse direito
passa a ser obrigatório ficamos com a seguinte fórmula – gente demais sem saber
o que pensa tendo o dever de dizer o que acha sobre algo que não faz a menor
ideia de como funciona.
O voto está sob
ataque neste início do século XXI com a ferramenta eferrujada da democracia,
antes que digam que ela, a democracia, a melhor das piores, é que tem lá sua
inoperabilidade perante as liberdades e as igualdades ou, até mesmo, a lógica.
Ideias de voto qualificado estão se espraiando pelo mundo em reação às estridências
da Trombeta Laranja. Quem ainda não viu, se informe sobre as ideias de Jason
Brennan nesta era da Sétima Trombeta do Apocalipse.
E atacar o voto
aqui abaixo da Amazônia equivale a derrubar essa muralha, outrora construída
por Olavo Bilac quando flanava fora de sua atividade como letrista de hinos
chacotados em grau máximo e autor de sonetos de gosto mais do que duvidoso.
Mas, convenhamos após análise – desse sistema bilaquiano de compulsoriedade do
voto que desaguou num cabresto oficializado pelo Estado que alcançou seu ápice
durante os tempos de Militares no Poder, o que resta, hoje, dessa obrigatoriedade,
edulcorada por uma alternativa de justificação de fundamentação pronta, que
equivale a uma abstenção consentida a
priori pela lei?
Veja-se nessas
eleições de 2016 - a ausência chegou perto dos 20% e vem de um continuum crescendo, seja ele por
problemas pontuais (recadastramento, como tentaram alguns inverter a causa em
descarada petição de princípio), seja por problemas de difícil compreensão
(abstenção pura e simples por opção do eleitor que se orgulha de
"justificar o voto desde 1989" e assim por diante).
Essa queda
vertiginosa nos índices de legitimidade são obviamente escondidas pelos detentores
do poder e manipuladas por jornalistas que atuam como seus procuradores, tal
qual os capitães do mal recadastratório.
Como dizer, então,
dadas tais margens crescentes causadas por um sistema de ampla facilidade para
"justificação de ausência", que uma pessoa está "obrigada a
votar"?
Mais – ainda que
não justifique, o que dizer de um sistema que, mesmo assim, permite que o eleitor
pague uma "multa" pela sua "violação da lei eleitoral que impõe
a obrigatoriedade do voto", se a tal multa ainda dá troco quando é paga (com
atraso até...) com uma nota de R$2,00 (dois reais)?
Convenhamos:
"voto obrigatório" no Brasil é um de nossos curiosos mitos urbanos
(e, por que não reconhecer, um de nossos mitos rurais também, ao lado do ET de
Varginha e do Chupa-Cabra).
No Brasil, só vai
votar quem não tem paciência para "justificar a ausência" ou não sabe
como "pagar a multa" ou, digamos assim, se importa algo com o dever
moral imposto por lei em face de sanções que não assustam nem o mais castiço
dentre os brasileiros.Os demais, nem sabem quando a papeleta do “votei para
prefeito em 2016” poderá ser exigida ou usada (talvez para tirar passaporte,
mas hoje ninguém na PF sequer olha se você votou ou não).
O sistema dá
brechas infinitas para não se votar.
Reformulando: o sistema permite que não se vote.
Proibições para compelir a prática de um ato, a semelhança do
nosso sistema de voto obrigatório em nossa lei eleitoral, equivalem, como diria
o velho Goffredão, a uma permissão.
Paremos com essa
balela de que o voto no Brasil é obrigatório.
Pois bem, se
vivemos num sistema de "voto facultativo de fato", justamente porque
a obrigatoriedade jurídica é, ultima
ratio, escorada numa multa de menos de R$2,00 (dois reais) e considerando
que o nosso sistema é absoluto sem qualquer traço de federalismo como ocorre
nos EUA, qual o problema por aqui?
O problema é que
não há problema algum com o sistema.
O problema por aqui é muito outro.
E isso até que surja por aqui uma versão local de Trombeta – e não
me refiro aqui a Bolsonaro, um insider da
política; penso em algo semelhante mas em versão local, algum empresário
"bem sucedido" e cheio de ideias malucas, algum Chatô em versão
moderna que misture um pouco de Berlusconi com Putin; um senhor de Engenho ou dono
de Cortiço do tipo Romão que veja na política um espaço a ser ocupado pela sua
vaidade, que não cabe mais nos Conselhos de Administração que frequenta nos “mercados
da vida”.
É só olhar em
volta que acharemos vários desses.
É só dar a ideia que em 2018 ele estará lá, pronto para ocupar o
Planalto e receber uma ligação do Trombeta parabenizando-o pela lição aprendida
e aplicada.
E quando ele se
candidatar e der "traço no Ibope", não vai ser o voto obrigatório de
direito ou o facultativo de fato que vai nos tirar da agonia de ver (mais um)
imbecil dirigindo o nosso país.
Tanto lá quanto
aqui, a proposta é: vamos acabar com o federalismo de uma vez antes que ele
acabe com cada um de nós.
quarta-feira, 9 de novembro de 2016
Recadinho
Caderno de Assuntos Escolares
por Clóvis Hauser (estagiário de m...)
À turminha que gosta de invadir escolas: a melhor maneira de protestar contra uma grade escolar é estudando aquilo que foi cortado e aquilo que foi imposto.
Se você acha importante aquela matéria que te disseram que era importante, ESTUDE-A.
Mas não invada a escola para torná-la obrigatória para quem quer estudar todo o resto e não pode, justamente porque você não está estudando nem uma coisa, nem outra.
Grade, no tempo do seu professor, definia escola e as bobagens que eles falavam em cada sessão de 45 minutos - no nosso tempo, grade é o que separa um criminoso de um trabalhador.
Em outras palavras, vê se toma vergonha nessa cara e vai trabalhar (estudar também serve).
por Clóvis Hauser (estagiário de m...)
À turminha que gosta de invadir escolas: a melhor maneira de protestar contra uma grade escolar é estudando aquilo que foi cortado e aquilo que foi imposto.
Se você acha importante aquela matéria que te disseram que era importante, ESTUDE-A.
Mas não invada a escola para torná-la obrigatória para quem quer estudar todo o resto e não pode, justamente porque você não está estudando nem uma coisa, nem outra.
Grade, no tempo do seu professor, definia escola e as bobagens que eles falavam em cada sessão de 45 minutos - no nosso tempo, grade é o que separa um criminoso de um trabalhador.
Em outras palavras, vê se toma vergonha nessa cara e vai trabalhar (estudar também serve).
The Guilty
Vera Cruz Times
Bill Clinton just delivered a speech justifying why his fellow mate Hillary failed to win the most winable elections ever in the history of the Solar System.
Well... it was not a speech - he just proved a fact with strong evidences:
Bill Clinton just delivered a speech justifying why his fellow mate Hillary failed to win the most winable elections ever in the history of the Solar System.
Well... it was not a speech - he just proved a fact with strong evidences:
Sympathy for the Devil...???
To get things worst then they could be, she borrowed clothes from the Mick "Pé Frio" Jagger:
Paint It, Lettuce!!!
UNBELIEVABLE
Vera Cruz Times
por José da Silva
por José da Silva
The astonishing and overwhelming ability of the
Working Class to do stupid things is really infinite.
A few months ago, they went up with the Brexit –
brilliant! Congratulations!
Now it is time of the US Working Class: “white male
blue collar”, as they are usually saying in US to precisely define those who
are there with, basically, no college and some poor literacy.
The same morons who put Obama on the White House on
the hope of a free health insurance plan are now upset and just turned US, a
former progressive and populist government, into a new form of one: the Nazi-democracy.
The “hate speech” and the Hitler-style of addressing
ideas to the people in general is now inserted in a system with a Legislative
Branch (absolutely controlled by the same owner of the chair on the Executive
who addresses the hate speeches), but with serious oversight by certain
institutions and agencies and, mainly, by the Judiciary.
Hate speech will turn into a form of public
governance: until our guts can support this kind of treatment in the public
arena.
Hate speech is now the rule all over the world. We
lost the last bulwark of the institutionalized moderate speech controlled by
the etiquette of the politically correct perspective of living. The next step
will be the fans of Red Sox start to beat, like animals, those blue Yankee fans
and vice-versa (just to be in line with the other parts of the civilized World
like Europe).
Negotiation, agreements, understandings, tolerance and
the politics based on reason are part of the past. Samurai virtues and cavalry
public posture are things for sissies: the political arena cannot tolerate
gentlemen anymore – it is a field for rude people with neolithic arguments and
reasoning, but, as they say, “with guts”.
In other words – the political arena is completely
occupied by hooligans: don’t you want to Occupy Wall Street? Yeah… they got
that: all of them with the mask of 18th Century British Terrorist
and representing… – the Blue Collar people!!!
They occupied: not only Wall Street but also the White
House.
And the Nazi-democracy is exactly what is happening
now in US, since then: people chose, clearly, the hate speech and the affirmative
statements of a race over others, of a social class over others, of an intellectual
(low) condition over others, of a bunch of vices and “minor hatings” over
others. The so-called “silent majority” showed up and, literally, delicately
offered the middle finger to the “loud minorities” (which I really don’t know
who they are…).
The “silent majority” is the nowadays politically-incorrect
institutionalized. They found someone to say what they cannot – he is rich,
crazy, and inconsequent and can give voice to the inner vices assuming a large
liability for his hate postures. Now, with money and political power, we can
say that hate speech and hooliganism in politics is more than permitted – is incentivized
by example.
Yes – Homer Simpson prevailed.
On their turn, the “silent majority” believes in the
self-made man: not in that one who will be conducted to the White House, but
strictly on themselves. They think they are able to win in that country because
the country, itself, is the land of
opportunities. The magic is in the land and on themselves, not on people
(mainly other people). The only thing they need is someone to take the “minorities”
out of their way. Simple.
In the military, a “silent majority” is also what a
few soldiers found in Vietnam and all over Middle East: troops of unidentified
soldiers, pretending they are simple civilians, but with real military
potential to harm adversary troops. War crime? No. Self defense.
But a few call them terrorists.
And the silent majority will, in their turn, call the
other side as terrorists while they will consider themselves in “self defense”
against these potential harmers.
Terrorists prevailed, in the end of the story. Yeah –
it seems not so simple…
And, talking about terrorists, once a friend of mine,
who is a brilliant political scientist said, from a real political point of
view and from the perspective of the distribution of power, that citizens of affected
countries should have the right (or, at least, the opportunity) to vote for
President in US, although they are not even US citizens or (God!) US residents.
I thought that statement was a blasphemy, a bad joke from the perspective of
the citizenship rights definition. The “others” cannot interfere in my right to
choose my representative, although the things my representative does can
interfere on their rights; but just as matter of consequence and not as matter
of chose…
Nowadays, I understand what she said. But I confess,
it is too late to recognize that…
quinta-feira, 3 de novembro de 2016
FHC Candidato 2018
por Dom Fernandes III
Prometo que quando morrer, tão logo chegue ao Reino dos Céus, mandarei Deus e toda a sua turma (incluindo Jeová, Maomé, Jesus, São Pedro, São Miguel Arcanjo, Karol Wojtila, Edir Macedo, Silas Malafaia, Ogun, Xangô, Buda) para o QUINTO DOS INFERNOS!!!
Alguém precisa trabalhar naquela porra!!!!!!!! Assim não tá dando!!!!
Prometo que quando morrer, tão logo chegue ao Reino dos Céus, mandarei Deus e toda a sua turma (incluindo Jeová, Maomé, Jesus, São Pedro, São Miguel Arcanjo, Karol Wojtila, Edir Macedo, Silas Malafaia, Ogun, Xangô, Buda) para o QUINTO DOS INFERNOS!!!
Alguém precisa trabalhar naquela porra!!!!!!!! Assim não tá dando!!!!
quinta-feira, 27 de outubro de 2016
Reforma da Previdência e o Pleno Emprego no Brasil
Caderno de Economia
por Magnus Blackman
Tempos atrás, fomos brindados por uma análise interessante de nosso convidado especial, Torozaemon Sama, sobre um certo projeto da "Ponte para o Futuro" então codinomeado "limite de gastos".
Fato é que o tal limite virou projeto, que por sua vez virou PEC (proposta de emenda constitucional), que por sua vez já foi aprovado na Câmara, que por sua vez será facilmente aprovado no Senado.
Não que sejamos contra: somos até mais radicais, como bem lembrou Toro Sama, nem a inflação deveria entrar na conta (sobretudo ela, diga-se de passagem, como motor de aumento lícito desses gastos).
Deixemos de lado então o nosso desconforto a essa versão "light" de limites, juntamente com a curiosa forma de convencionar esse limite constitucionalmente, admitindo que, por ora, vamos ter, algum que seja, limite.
Limites são vitais.
Ainda que flácidos e flexíveis, limites continuam e continuarão a ser vitais - a flexibilidade apenas reduz a vitabilidade, mas é o limite em si que garante a vida e não o oposto. Talvez a vida imponha limites, mas não os garante.
Dito isso, nos parece que a PEC 241 nos dá, na verdade, uma certa sobrevida. Não renova a vida em novo ídolo esse modelo de limite, pois ele permite que o aumento do sucesso presente se dê com base no fracasso do passado. E isso, para nós, é sobrevida. Quando o sucesso presente é alimentado pelo fracasso passado, vivemos uma espécie de alcoolismo econômico. Essa PEC 241 ajustada pela inflação me parece bem isso.
Espertos, os econo-acólitos do governo já lançaram o discurso de que sozinha a PEC 241 não fará chover na lavoura por muito tempo. Será necessário mais e mais; precipuamente, ajustes em gastos que incomodam. O alvo da vez é a previdência.
Teríamos outras pautas para atacar: a atividade econômica, seja em regime de monopólio legal, seja em regime de monopólio de fato, desenvolvida pelo estado; a atividade econômica em regime de oligopólio em associação com os mecanismos de governo (exemplo disso são os setores de telecomunicações e energia); os tantos e quantos subsídios (que já receberam, alguns deles, vulgos interessantes como "bolsa-empresário"); o regime político eleitoral (com o agora salvador "fundo partidário") e por que não lembrar, a própria estrutura política e de distribuição da participação de poder no Brasil, a saber, os próprios legislativos, os partidos políticos em si, e, convenhamos, o próprio federalismo (estado pra que??? - "cala-te, boca, não é a hora!").
Deixando essas pautas de reivindicações de lado e dando a necessária sobrevida à nossa degenerescência burocrática com essa PEC 241 de limites "light" e com um pouco de gordura polissaturada (mesmo porque não discordamos que a Previdência careça lá de uns ajustes), vamos então a ela, ainda que não seja ela, a feiosa previ-bruxa, a "Top 1" de nossa lista de prioridades.
Ela estaria em nosso "Top 5". Em suma, não começaríamos por ela, se isso aqui fosse uma monarquia e eu fosse o rei: como não temos nem uma coisa nem outra, vamos seguir o efeito manada (vulgo para "democracia moderna") e vamos falar de previdência.
E no mérito desse tema, muitos querem atacá-la começando pelo regime da previdência comum. Começa-se com o tom científico de que a medicina, ao esticar as expectativas de vida, o vigor físico aos 40, o Viagra aos 60 e a menopausa aos 70, teríamos, então, o quadro "científico" ideal para adiar o tempo de ócio remunerado para 80 e poucos anos. Basta ver as maravilhas que o gH fez no UFC.
Outros ainda vão pelo que parece óbvio: quem se "aposenta" mas "continua trabalhando" não pode receber do estado a sua parcela de "ócio remunerado" - para tanto tem que parar de trabalhar de fato. Independentemente disso ser um dos mais energúmenos estímulos ao "não trabalho", algo bem típico do regime político de um sistema liderado pela ironia de um Partido que se diz "dos Trabalhadores", temos cá conosco que nem o problema e nem a solução estão ai nesse canto da sala.
A aposentadoria de quem efetivamente trabalha e de quem efetivamente trabalhou não precisa mudar tão drasticamente, exceto pelo detalhe em relação ao regime de aposentação por tempo de serviço: começar mais cedo não pode ser uma desculpa para ir para o "ócio remunerado" antes que outros; antes inclusive que a média mundial de aposentação por idade (nesse sentido deem uma olhada na tabelinha que o PINTO MARTINS fez em 2015:372). Nessa tabela, temos que trabalhar, ao menos em tese, tanto quanto se trabalha no Japão.
E esse "em tese" é onde mora o problema, pois na prática o nosso regime é feito para uns trabalharem e outros não. E há regimes de "não trabalho" cujo "ócio remunerado programado" é sustentado pela ativa da expectativa de "ócio remunerado não programado" de outros; tenha começado mais cedo ou não, seja porque preferiu estudar mais, seja porque preferiu "aproveitar mais a vida" e esticar seu tempo de nem-nem-nem.
Vamos apontar o dedo logo: temos um regime de previdência para cargos eletivos no Brasil que é o nosso verdadeiro Mal de Lázaro.
Senado, Câmara, Assembleias de Estados (servem pra que, mesmo??? eu não sei pra que servem....) e as infinitas Câmaras Municipais espalhadas por este Brasilzão (ou seria Brasilsão?) consomem um portfolio de dinheiro de dar orgulho a qualquer horta de dólares no Mundo.
Pergunto: por que pagamos a aposentação de um Senador que conclui o seu mandato com um "ócio remunerado" equivalente à íntegra de seu último salário (se comprovar que antes do mandato contribuiu alguns anos, mas convenhamos, uma vez lá o parlamentar comprova até o ingresso antecipado no Reino dos Céus), profissão essa de "representante" do povo (que de fato ninguém representa a não ser a si mesmo) cuja escala de trabalho é... de presença opcional, de 3ª a 5ª com 2 meses de recesso mais um de férias, sem contar as licenças, viagens internacionais, ausências consentidas, faltas, moradia "oficial", Uber próprio e até, pasme, uma polícia pra si mesmo ? ? ? ? ? . . . Por que? Por que? Por que?
Novamente pergunto: recebe essa aposentação em troca do que, o distinto Senador, se a única coisa que fez foi de fato não trabalhar?
Presidente (e, agora, Presidenta também) afastado, item, recebe lá o seu naco garantido. E veja: impeachment é como uma "demissão por justa causa" - se Dom Fernandes III me mandar embora por "justa causa", além de não receber o "seguro desemprego", minha aposentação se bagunça no tempo dos condenados ao desemprego. Por que pagamos integralmente o salário de quem "demitimos por justa causa"? É por causa do regime de condução e contratação? Então se o regime de vinculação é eleitoral, o salvo conduto fica garantido até em caso de crime de responsabilidade?
Começando pela completa extinção de qualquer incentivo financeiro pós-mandato de cargos eletivos e comissionados, estaríamos falando de uma reforma previdenciária séria.
Deixemos o regime especial para quem prestou concurso, passou e tomou posse (algo que gera mi-mi-mi no Lula... por que será?). Quem foi eleito não deveria ter direito a um centavo sequer, pois mandato eletivo não é profissão e, em tese, tem tempo para acabar (se bem que a prática nos prova o contrário: basta olhar para o Congresso e chorar cada vez que nos perguntamos - quando isso acabará? quando esse cara vai pra casa e nunca mais vai voltar?? mas ele volta, não e Maluf?). Que tal começarmos essa discussão pelo completo fuzilamento da PSSC (Plano de Seguridade Social do Congressista) com a queima em praça pública da Lei 9.506/97? Lembremos - nenhuma revolução se começa abrindo mão de fuzilamentos e queimas em praça pública: PSSC e Lei 9.506/97 talvez seja um bom começo para fuzilar e queimar preservando pessoas.
Em segundo lugar, as aposentadorias de mandatos eletivos cassados, suspensos, interrompidos por impedimento, enfim, name it, de "demitidos por justa causa" (sobretudo quando a justa causa decorre de improbidade administrativa, rejeição de contas pelo Tribunal de Contas e outras razões que para eles são menores, mas para nós importam bastante): fazem algum sentido???. Por que pagamos a essa turma do "crime de responsabilidade" por algo que eles não deveriam fazer nem nunca jamais ter feito?
E por falar em político e crime..., bem, lembremos de outro regime, esse, em si, fantástico.
Falemos do regime de aposentação dos presidiários e dos condenados a penas superiores a 30 anos (sem prejuízo da lembrança de que o "crime de responsabilidade" é algo, digamos, peculiar em nós - isso é assunto de estagiário e não vamos mais perder tempo com isso).
Embora a nossa lei impeça que um condenado a pena superior a 30 anos de cadeia careça cumprir mais do que isso para que sua situação não se torne um "ergástulo de fato", o Estado vai lá, por ordem legal, e solta o condenado. Temos em nosso sistema um hedge criminal que nem o mais sofisticado derivativo consegue reproduzir sinteticamente. Faz-se a coisa mais absurda do mundo e meu limite de gasto em serviço prisional é imposto por lei: 30 anos. Isso quando não o faça aos 68 e venha com o papo furado de que aos 70 o homem vira um anjo... Enfim, isso são lá, também, outros 500... Voltemos ao número mágico do nosso hedge penal.
Trinta anos depois de serviços no regime prisional ele volta ao nosso convívio nos devolvendo tudo o que aprendeu no "sistema" e, pasme - se quiser, volta... aposentado!!!
Genial!!!
O Brasil é um país genial, estupendo, característico e autor das mais curiosas situações. Essas duas são bons exemplos: os políticos (com destaque para os impedidos) e os condenados (com destaque para aqueles que cometeram crimes gravíssimos).
Já que falamos acima dos políticos, passemos para os condenados a crimes graves, hediondos, feios, horríveis e de "longo termo de serviço".
A lei de execuções penais brasileira garante ao preso, dentro outras coisas, o DIREITO (potestativo, diga-se de passagem) AO TRABALHO (art. 39) e, consequentemente, o acesso ao regime público de PREVIDÊNCIA SOCIAL (art. 41).
São, ao contrário de quem está mandando curriculum por ai (que está sujeito a um regime de expectativa jurídica de trabalho regulada pelo mercado), um verdadeiro direito potestativo que o Estado lhes assegura plenamente. Direito potestativo é quase um poder, digamos assim, pois para exercê-lo basta querer. E a contraparte desse poder (o Estado, no caso) está numa situação de sujeição e tem de cumprir imediatamente com essa querência.
Um preso, se quiser, lança mão da Lei de Execução Penal (uma lei feita só para eles, presos) e exige, qual seja, impõe o seu "direito ao trabalho".
Só um preso pode fazer isso no Brasil. Mais ninguém. Basta ele manifestar verbalmente a sua "vontade de trabalhar". O sistema prisional tem que se virar para arrumar algo para ele fazer. E não poderá deixar de remunerá-lo pelo mínimo do salário em vigor no Brasil, além de dar-lhe o benefício de abater da pena final, 1 dia de condenação para cada 3 trabalhados. Basta ver Zé Dirceu. Foi só falar que deram a ele um passe-livre para circular por Brasília na qualidade de funcionário de alguém. Um preso consegue isso, um "solto" não.
Nesse regime ainda goza o preso da faculdade de ter o seu trabalho formalmente integrado em um regime de previdência e de aposentação certa. Caso o seu tempo de prisão seja asseguradamente 30 anos, qual seja, ao equivalente a uma condenação mínima de 120 anos ou mais, pode entrar desempregado a sair da "cana" aposentado.
Em termos econômicos significa dizer que a única classe "trabalhadora" que goza de pleno emprego absoluto, pois tem um direito potestativo ao trabalho, é a classe trabalhadora dos presidiários (não ria) estejam eles em regime provisório ou definitivo de cumprimento de pena. O provisório ainda mantém seus direitos de voto e pode eleger seus "representantes" para o Congresso, que por sua vez se aposentarão, item, sem trabalhar e representado os presos "provisórios" (mas isso são outros 500 de outros 200...).
Além disso, mantendo a sua empregabilidade (pois pode trocar de emprego na hora que quiser, basta se enfadar com a atividade e pedir para mudar, que o Estado tem obrigação objetiva de atender à troca), sai de seu período no cárcere aposentado, ainda que lhe faltem, em tese, outros 200 anos por crimes que possa ter cometido em menos de 1 semana.
Sim - no Brasil, a única forma de garantir pleno emprego absoluto e aposentaria certa é ser eleito ou ser preso.
Já sei, já sei.... vão dizer que o gasto com essas aposentadorias é marginal (desculpem pelo trocadilho com a terminologia econômica) e a extinção desse regime vai atingir meia dúzia de senadores, alguns deputados e ex-governadores (ou respectivas esposas, quando viúvas), uma quantidade mais razoável de prefeitos, deputados estudais, vereadores e outros tantos comissionados Brasil a fora, ao lado de uma porção mínima de presidiários (neste caso mínima, pois a opção de trabalhar, ainda que garantida na forma de um direito potestativo do preso, não é exercida nem por 5% da população carcerária, o que comprova que somos um país de vagabundos genéticos). Essa parcela pequena de atingidos não faria a economia necessária para as contas fecharem. Sim, fato. Verdadeira nota há.
Ok, ok... Vamos lá. Quem disse aqui que o resto da previdência não merece lá seus reparos? pelo contrário - demos o caminho aqui do sentido desse reparo - começar a trabalhar antes não pode significar passe livre para um "ócio remunerado ultrantecipado". O que disse é que se formos começar a mexer nisso, que tal deixarmos o regime do trabalhador comum por último?
Comecemos pelo ocaso das exceções para ver se a regra, ao final, faz algum sentido.
Fará na parte do trabalho, não da expectativa do ócio. Asseguro isso.
O resto é conversa pra acordar preso e político poder dormir em paz.
por Magnus Blackman
Tempos atrás, fomos brindados por uma análise interessante de nosso convidado especial, Torozaemon Sama, sobre um certo projeto da "Ponte para o Futuro" então codinomeado "limite de gastos".
Fato é que o tal limite virou projeto, que por sua vez virou PEC (proposta de emenda constitucional), que por sua vez já foi aprovado na Câmara, que por sua vez será facilmente aprovado no Senado.
Não que sejamos contra: somos até mais radicais, como bem lembrou Toro Sama, nem a inflação deveria entrar na conta (sobretudo ela, diga-se de passagem, como motor de aumento lícito desses gastos).
Deixemos de lado então o nosso desconforto a essa versão "light" de limites, juntamente com a curiosa forma de convencionar esse limite constitucionalmente, admitindo que, por ora, vamos ter, algum que seja, limite.
Limites são vitais.
Ainda que flácidos e flexíveis, limites continuam e continuarão a ser vitais - a flexibilidade apenas reduz a vitabilidade, mas é o limite em si que garante a vida e não o oposto. Talvez a vida imponha limites, mas não os garante.
Dito isso, nos parece que a PEC 241 nos dá, na verdade, uma certa sobrevida. Não renova a vida em novo ídolo esse modelo de limite, pois ele permite que o aumento do sucesso presente se dê com base no fracasso do passado. E isso, para nós, é sobrevida. Quando o sucesso presente é alimentado pelo fracasso passado, vivemos uma espécie de alcoolismo econômico. Essa PEC 241 ajustada pela inflação me parece bem isso.
Espertos, os econo-acólitos do governo já lançaram o discurso de que sozinha a PEC 241 não fará chover na lavoura por muito tempo. Será necessário mais e mais; precipuamente, ajustes em gastos que incomodam. O alvo da vez é a previdência.
Teríamos outras pautas para atacar: a atividade econômica, seja em regime de monopólio legal, seja em regime de monopólio de fato, desenvolvida pelo estado; a atividade econômica em regime de oligopólio em associação com os mecanismos de governo (exemplo disso são os setores de telecomunicações e energia); os tantos e quantos subsídios (que já receberam, alguns deles, vulgos interessantes como "bolsa-empresário"); o regime político eleitoral (com o agora salvador "fundo partidário") e por que não lembrar, a própria estrutura política e de distribuição da participação de poder no Brasil, a saber, os próprios legislativos, os partidos políticos em si, e, convenhamos, o próprio federalismo (estado pra que??? - "cala-te, boca, não é a hora!").
Deixando essas pautas de reivindicações de lado e dando a necessária sobrevida à nossa degenerescência burocrática com essa PEC 241 de limites "light" e com um pouco de gordura polissaturada (mesmo porque não discordamos que a Previdência careça lá de uns ajustes), vamos então a ela, ainda que não seja ela, a feiosa previ-bruxa, a "Top 1" de nossa lista de prioridades.
Ela estaria em nosso "Top 5". Em suma, não começaríamos por ela, se isso aqui fosse uma monarquia e eu fosse o rei: como não temos nem uma coisa nem outra, vamos seguir o efeito manada (vulgo para "democracia moderna") e vamos falar de previdência.
E no mérito desse tema, muitos querem atacá-la começando pelo regime da previdência comum. Começa-se com o tom científico de que a medicina, ao esticar as expectativas de vida, o vigor físico aos 40, o Viagra aos 60 e a menopausa aos 70, teríamos, então, o quadro "científico" ideal para adiar o tempo de ócio remunerado para 80 e poucos anos. Basta ver as maravilhas que o gH fez no UFC.
Outros ainda vão pelo que parece óbvio: quem se "aposenta" mas "continua trabalhando" não pode receber do estado a sua parcela de "ócio remunerado" - para tanto tem que parar de trabalhar de fato. Independentemente disso ser um dos mais energúmenos estímulos ao "não trabalho", algo bem típico do regime político de um sistema liderado pela ironia de um Partido que se diz "dos Trabalhadores", temos cá conosco que nem o problema e nem a solução estão ai nesse canto da sala.
A aposentadoria de quem efetivamente trabalha e de quem efetivamente trabalhou não precisa mudar tão drasticamente, exceto pelo detalhe em relação ao regime de aposentação por tempo de serviço: começar mais cedo não pode ser uma desculpa para ir para o "ócio remunerado" antes que outros; antes inclusive que a média mundial de aposentação por idade (nesse sentido deem uma olhada na tabelinha que o PINTO MARTINS fez em 2015:372). Nessa tabela, temos que trabalhar, ao menos em tese, tanto quanto se trabalha no Japão.
E esse "em tese" é onde mora o problema, pois na prática o nosso regime é feito para uns trabalharem e outros não. E há regimes de "não trabalho" cujo "ócio remunerado programado" é sustentado pela ativa da expectativa de "ócio remunerado não programado" de outros; tenha começado mais cedo ou não, seja porque preferiu estudar mais, seja porque preferiu "aproveitar mais a vida" e esticar seu tempo de nem-nem-nem.
Vamos apontar o dedo logo: temos um regime de previdência para cargos eletivos no Brasil que é o nosso verdadeiro Mal de Lázaro.
Senado, Câmara, Assembleias de Estados (servem pra que, mesmo??? eu não sei pra que servem....) e as infinitas Câmaras Municipais espalhadas por este Brasilzão (ou seria Brasilsão?) consomem um portfolio de dinheiro de dar orgulho a qualquer horta de dólares no Mundo.
Pergunto: por que pagamos a aposentação de um Senador que conclui o seu mandato com um "ócio remunerado" equivalente à íntegra de seu último salário (se comprovar que antes do mandato contribuiu alguns anos, mas convenhamos, uma vez lá o parlamentar comprova até o ingresso antecipado no Reino dos Céus), profissão essa de "representante" do povo (que de fato ninguém representa a não ser a si mesmo) cuja escala de trabalho é... de presença opcional, de 3ª a 5ª com 2 meses de recesso mais um de férias, sem contar as licenças, viagens internacionais, ausências consentidas, faltas, moradia "oficial", Uber próprio e até, pasme, uma polícia pra si mesmo ? ? ? ? ? . . . Por que? Por que? Por que?
Novamente pergunto: recebe essa aposentação em troca do que, o distinto Senador, se a única coisa que fez foi de fato não trabalhar?
Presidente (e, agora, Presidenta também) afastado, item, recebe lá o seu naco garantido. E veja: impeachment é como uma "demissão por justa causa" - se Dom Fernandes III me mandar embora por "justa causa", além de não receber o "seguro desemprego", minha aposentação se bagunça no tempo dos condenados ao desemprego. Por que pagamos integralmente o salário de quem "demitimos por justa causa"? É por causa do regime de condução e contratação? Então se o regime de vinculação é eleitoral, o salvo conduto fica garantido até em caso de crime de responsabilidade?
Começando pela completa extinção de qualquer incentivo financeiro pós-mandato de cargos eletivos e comissionados, estaríamos falando de uma reforma previdenciária séria.
Deixemos o regime especial para quem prestou concurso, passou e tomou posse (algo que gera mi-mi-mi no Lula... por que será?). Quem foi eleito não deveria ter direito a um centavo sequer, pois mandato eletivo não é profissão e, em tese, tem tempo para acabar (se bem que a prática nos prova o contrário: basta olhar para o Congresso e chorar cada vez que nos perguntamos - quando isso acabará? quando esse cara vai pra casa e nunca mais vai voltar?? mas ele volta, não e Maluf?). Que tal começarmos essa discussão pelo completo fuzilamento da PSSC (Plano de Seguridade Social do Congressista) com a queima em praça pública da Lei 9.506/97? Lembremos - nenhuma revolução se começa abrindo mão de fuzilamentos e queimas em praça pública: PSSC e Lei 9.506/97 talvez seja um bom começo para fuzilar e queimar preservando pessoas.
Em segundo lugar, as aposentadorias de mandatos eletivos cassados, suspensos, interrompidos por impedimento, enfim, name it, de "demitidos por justa causa" (sobretudo quando a justa causa decorre de improbidade administrativa, rejeição de contas pelo Tribunal de Contas e outras razões que para eles são menores, mas para nós importam bastante): fazem algum sentido???. Por que pagamos a essa turma do "crime de responsabilidade" por algo que eles não deveriam fazer nem nunca jamais ter feito?
E por falar em político e crime..., bem, lembremos de outro regime, esse, em si, fantástico.
Falemos do regime de aposentação dos presidiários e dos condenados a penas superiores a 30 anos (sem prejuízo da lembrança de que o "crime de responsabilidade" é algo, digamos, peculiar em nós - isso é assunto de estagiário e não vamos mais perder tempo com isso).
Embora a nossa lei impeça que um condenado a pena superior a 30 anos de cadeia careça cumprir mais do que isso para que sua situação não se torne um "ergástulo de fato", o Estado vai lá, por ordem legal, e solta o condenado. Temos em nosso sistema um hedge criminal que nem o mais sofisticado derivativo consegue reproduzir sinteticamente. Faz-se a coisa mais absurda do mundo e meu limite de gasto em serviço prisional é imposto por lei: 30 anos. Isso quando não o faça aos 68 e venha com o papo furado de que aos 70 o homem vira um anjo... Enfim, isso são lá, também, outros 500... Voltemos ao número mágico do nosso hedge penal.
Trinta anos depois de serviços no regime prisional ele volta ao nosso convívio nos devolvendo tudo o que aprendeu no "sistema" e, pasme - se quiser, volta... aposentado!!!
Genial!!!
O Brasil é um país genial, estupendo, característico e autor das mais curiosas situações. Essas duas são bons exemplos: os políticos (com destaque para os impedidos) e os condenados (com destaque para aqueles que cometeram crimes gravíssimos).
Já que falamos acima dos políticos, passemos para os condenados a crimes graves, hediondos, feios, horríveis e de "longo termo de serviço".
A lei de execuções penais brasileira garante ao preso, dentro outras coisas, o DIREITO (potestativo, diga-se de passagem) AO TRABALHO (art. 39) e, consequentemente, o acesso ao regime público de PREVIDÊNCIA SOCIAL (art. 41).
São, ao contrário de quem está mandando curriculum por ai (que está sujeito a um regime de expectativa jurídica de trabalho regulada pelo mercado), um verdadeiro direito potestativo que o Estado lhes assegura plenamente. Direito potestativo é quase um poder, digamos assim, pois para exercê-lo basta querer. E a contraparte desse poder (o Estado, no caso) está numa situação de sujeição e tem de cumprir imediatamente com essa querência.
Um preso, se quiser, lança mão da Lei de Execução Penal (uma lei feita só para eles, presos) e exige, qual seja, impõe o seu "direito ao trabalho".
Só um preso pode fazer isso no Brasil. Mais ninguém. Basta ele manifestar verbalmente a sua "vontade de trabalhar". O sistema prisional tem que se virar para arrumar algo para ele fazer. E não poderá deixar de remunerá-lo pelo mínimo do salário em vigor no Brasil, além de dar-lhe o benefício de abater da pena final, 1 dia de condenação para cada 3 trabalhados. Basta ver Zé Dirceu. Foi só falar que deram a ele um passe-livre para circular por Brasília na qualidade de funcionário de alguém. Um preso consegue isso, um "solto" não.
Nesse regime ainda goza o preso da faculdade de ter o seu trabalho formalmente integrado em um regime de previdência e de aposentação certa. Caso o seu tempo de prisão seja asseguradamente 30 anos, qual seja, ao equivalente a uma condenação mínima de 120 anos ou mais, pode entrar desempregado a sair da "cana" aposentado.
Em termos econômicos significa dizer que a única classe "trabalhadora" que goza de pleno emprego absoluto, pois tem um direito potestativo ao trabalho, é a classe trabalhadora dos presidiários (não ria) estejam eles em regime provisório ou definitivo de cumprimento de pena. O provisório ainda mantém seus direitos de voto e pode eleger seus "representantes" para o Congresso, que por sua vez se aposentarão, item, sem trabalhar e representado os presos "provisórios" (mas isso são outros 500 de outros 200...).
Além disso, mantendo a sua empregabilidade (pois pode trocar de emprego na hora que quiser, basta se enfadar com a atividade e pedir para mudar, que o Estado tem obrigação objetiva de atender à troca), sai de seu período no cárcere aposentado, ainda que lhe faltem, em tese, outros 200 anos por crimes que possa ter cometido em menos de 1 semana.
Sim - no Brasil, a única forma de garantir pleno emprego absoluto e aposentaria certa é ser eleito ou ser preso.
Já sei, já sei.... vão dizer que o gasto com essas aposentadorias é marginal (desculpem pelo trocadilho com a terminologia econômica) e a extinção desse regime vai atingir meia dúzia de senadores, alguns deputados e ex-governadores (ou respectivas esposas, quando viúvas), uma quantidade mais razoável de prefeitos, deputados estudais, vereadores e outros tantos comissionados Brasil a fora, ao lado de uma porção mínima de presidiários (neste caso mínima, pois a opção de trabalhar, ainda que garantida na forma de um direito potestativo do preso, não é exercida nem por 5% da população carcerária, o que comprova que somos um país de vagabundos genéticos). Essa parcela pequena de atingidos não faria a economia necessária para as contas fecharem. Sim, fato. Verdadeira nota há.
Ok, ok... Vamos lá. Quem disse aqui que o resto da previdência não merece lá seus reparos? pelo contrário - demos o caminho aqui do sentido desse reparo - começar a trabalhar antes não pode significar passe livre para um "ócio remunerado ultrantecipado". O que disse é que se formos começar a mexer nisso, que tal deixarmos o regime do trabalhador comum por último?
Comecemos pelo ocaso das exceções para ver se a regra, ao final, faz algum sentido.
Fará na parte do trabalho, não da expectativa do ócio. Asseguro isso.
O resto é conversa pra acordar preso e político poder dormir em paz.
terça-feira, 18 de outubro de 2016
Trump: Orange is the New White
Trump candidatou-se a inquilino da Casa Branca. Pelo andar de suas estripulias galanteadoras que vem surgindo nas últimas semanas e pelo julgamento que faz das mulheres como campanha, capaz de acabar ganhando um belo uniforme laranja ao final dessa campanha.
Se, como no post anterior, a Bíblia alertou que o palestrante, como um peixe, morre pela boca, o aspirante a palestrante, assim como o tatu, morre pelo rabo (próprio ou alheio). Vá ao Livro de Jeca, 12, 4 e confira.
Se, como no post anterior, a Bíblia alertou que o palestrante, como um peixe, morre pela boca, o aspirante a palestrante, assim como o tatu, morre pelo rabo (próprio ou alheio). Vá ao Livro de Jeca, 12, 4 e confira.
Morre pela Boca
Dizem que a "empresa" de palestras de Lula perdeu a isenção fiscal porque eventualmente.... falou demais!!!
Já dizia o velho ditado bíblico: "O Palestrante morre pela boca, seja pelo que dela sai, seja pelo que nela entra" (Livro de Judas, 2, 171).
Já dizia o velho ditado bíblico: "O Palestrante morre pela boca, seja pelo que dela sai, seja pelo que nela entra" (Livro de Judas, 2, 171).
FLAGRA: Michel, FHC e Jucá juntos
Nosso sempre atento repórter fotográfico capturou este debate entre o Presidente Michel Temer Burns, seu assecla Romero Smither Jucá e seu conselheiro FH(omer)C.
Discutiram coalizão, união, prisão... Nada do que não saibamos ou desconfiemos...
Discutiram coalizão, união, prisão... Nada do que não saibamos ou desconfiemos...
domingo, 4 de setembro de 2016
SECRETARIA DA PESCA PARA DILMA SOB AMEAÇA
Extra!! Extra!! Extra!!
Noticiamos dias atrás que Dilma assumiria a Secretaria da Pesca com grande time.
Eis que, mundo dando voltas, o cargo tão cobiçado por Dilma sofre séria pressão pela concorrência.
HENRIQUE MEIRELLES que dar um takaover nessa oportunidade de Dilma.
É absoluta obrigação do Folha da Madrugada denunciar esse GOLPE CONTRA DILMA ROUSSIFFU!!!!!!!!!!
ISSO É GOLPE E NÃO VAMOS PERMITIR!!!! ELA JÁ TEM ATÉ TIME PARA A SECRETARIA DA PESCA, MEIRELLES!!! GOLPISTA!!!
Noticiamos dias atrás que Dilma assumiria a Secretaria da Pesca com grande time.
Eis que, mundo dando voltas, o cargo tão cobiçado por Dilma sofre séria pressão pela concorrência.
HENRIQUE MEIRELLES que dar um takaover nessa oportunidade de Dilma.
É absoluta obrigação do Folha da Madrugada denunciar esse GOLPE CONTRA DILMA ROUSSIFFU!!!!!!!!!!
ISSO É GOLPE E NÃO VAMOS PERMITIR!!!! ELA JÁ TEM ATÉ TIME PARA A SECRETARIA DA PESCA, MEIRELLES!!! GOLPISTA!!!
quinta-feira, 1 de setembro de 2016
Editorial
por Dom Fernandes III
Por que razão os artífices do projeto de impeachment levaram, na reta final do processo, uma rotunda "passada de mão na bunda" com o fatiamento da decisão e a não aplicação da inabilitação da afastada?
Simples.
Porque não deram ouvidos à Folha da Madrugada.
Nesta Folha, dissemos várias vezes que o impeachment não era o caminho. Veja aqui, aqui, aqui e aqui.
Num processo de interdição o resultado é mais justo, não adere ao discurso de golpe, é instantâneo, objetivo, técnico e, vejam que incrível: gera inabilitação absoluta imediata.
Mas não: preferiram insistir no impeachment fundamentado em pedaladas e decretos marotos de suplementação assinados na surdina (o problema na verdade foi a "surdina", nem tanto a autorização do Congresso). E convenhamos: a paciente demonstrou por A + B que não tinha a menor noção do que estava acontecendo. Ela sequer soube que assinou aquilo; não demonstrou a menor percepção de causa e consequência, enfim, esbanjou sua delirante alienação aos fatos. Muito provavelmente só veio a saber (sem entender) o que estava acontecendo na véspera ou antevéspera de seu depoimento.
Pior - o processo foi desumano, pois escorraçaram uma visível doente mental do posto que poderia ter sido desocupado via processo de interdição e, ao fim e ao cabo, tiraram proveito da paciente com sérios indícios de retardamento mental, para afastar-lhe a pena de inabilitação, que, convenhamos, será aproveitada por todos que a julgaram!!! Usaram a pobre deficiente mental em causa própria, esses Senadores astutos!
Isso foi de uma canalhice (para usar o mesmo termo tão usado na parte final da sessão) de dar nojo em Maquiavel.
Já na interdição haveria inúmeras vantagens: a inabilitação, que decorre da constatação de absoluta incapacidade para a prática de qualquer ato da vida civil, não representaria qualquer condenação à acusada de impeachment. Não seria necessário perder dias e noites discutindo tecnicidades padalísticas, nuances orçamentárias em que o discurso vai da falta ao excesso de responsabilidade; enfim - economizaríamos tempo para a acusada, para o Senado, para os envolvidos na acusação e para a trupe da defesa... e por que não, para o BRASIL!!! e, enfim, para o MUNDO e para a GALÁXIA!!!!
Um processo de interdição tem muito mais jurisprudência, tem segurança jurídica e possui um procedimento muito mais adequado e preciso, com detalhes para qualquer tipo de situação, sem contar na higiene hospitalar que o processo de impeachment visivelmente descartou. Assim, jamais seríamos surpreendidos com uma molecagem como a que testemunhamos nos instantes finais desse processo grotesco, inútil e acusativo.
A interdição tem uma beleza intrínseca à sua natureza - não é um processo de jurisdição contenciosa, mas sim de jurisdição voluntária. As coisas "acontecem" naturalmente no processo, sem confrontos. Todos querem chegar a um veredicto clínico final que, convenhamos, é do interesse de todos os envolvidos: clinicamente a pessoa tem cabeça para exercer os atos da vida civil como uma pessoa normal ou há alguma moléstia que a impeça? Eu, honestamente, duvidaria que até a trupe da defesa seria capaz de responder a essa pergunta sem hesitação.
Havendo moléstia, a paciente sai de cena imediatamente e por quanto tempo o médico achar necessário. E só volta se o médico disser, "melhorou totalmente". Seria bom para a paciente, para a defesa, para a acusação, para o BRASIL, o meu BRASIL, o seu BRASIL, o NOSSO BRASIL BRASILEIRO!!!
Assisti a todo esse julgamento e ao depoimento da paciente ao lado do Doutor Pangloss, que me alertou: "As evidências de psicose estão óbvias. Um dos traços mais marcantes do psicopata é agir inconscientemente e, depois de cometido o crime ou o malfeito, portar-se na delegacia de polícia ou em órgãos públicos com a certeza absoluta de que na verdade da sua cabeça, ela é uma vítima. A mania de perseguição e o reiterado hábito de 'ouvir vozes' é uma evidência absoluta dessa patologia. Aos olhos de um espectador, temos a impressão de que há uma falta de compaixão por parte do(a) criminoso(a), mas, na realidade, há mesmo uma falta completa de mecanismos contendores do superego que torna a paciente potencialmente perigosa e, infelizmente, inconsciente dos seus atos ao ponto de cometer o crime e colocar-se imediatamente na posição de vítima".
Fizemos o impeachment da versão feminina de Norman Bates.
E fizemos com o único e exclusivo propósito de tirar proveito da situação dela para favorecer a turma enroscada com vandalismos com o dinheiro público: até prova em contrário, estamos falando de 100% dos presentes naquele julgamento histórico, envolvidos direta ou indiretamente em alguma patifaria que o "jeitinho brasileiro" costuma chamar de "nossa cultura alegre e afável".
E em realidade, deveríamos sim ter nos preocupado com o lado humano e ter enviado essa pessoa para tratamento clínico urgente, numa "clínica de Napolões" de alto nível (sim, ela merece uma boa clínica).
Não se trata de uma questão política, de esquerda ou de direita, de Lavajato, corrupção, pedaladas, Bolsa Família Sim, Bolsa Família Não..., é uma questão de sanidade mental, de saúde pública!
Reitero: mesmo tendo tomado o rumo inadequado, desgastante e tolo do processo do impeachment, as portas para uma interdição total não se fecharam, pois com o tipo de moléstia evidenciado durante o depoimento da Presidenta, creio eu, essa porta estará aberta para sempre.
O caso ali é grave e ousaria dizer que não tem cura não.
E, convenhamos, como a versão feminina de Norman Bates que se constatou antes de ontem, mais hora, menos hora, haveremos de encontrar no armário do Alvorada ou nos porões do Planalto, o cadáver que tanto a amolava...
Meu respeito e meus sentimentos pela paciente injustiçada.
Por que razão os artífices do projeto de impeachment levaram, na reta final do processo, uma rotunda "passada de mão na bunda" com o fatiamento da decisão e a não aplicação da inabilitação da afastada?
Simples.
Porque não deram ouvidos à Folha da Madrugada.
Nesta Folha, dissemos várias vezes que o impeachment não era o caminho. Veja aqui, aqui, aqui e aqui.
Num processo de interdição o resultado é mais justo, não adere ao discurso de golpe, é instantâneo, objetivo, técnico e, vejam que incrível: gera inabilitação absoluta imediata.
Mas não: preferiram insistir no impeachment fundamentado em pedaladas e decretos marotos de suplementação assinados na surdina (o problema na verdade foi a "surdina", nem tanto a autorização do Congresso). E convenhamos: a paciente demonstrou por A + B que não tinha a menor noção do que estava acontecendo. Ela sequer soube que assinou aquilo; não demonstrou a menor percepção de causa e consequência, enfim, esbanjou sua delirante alienação aos fatos. Muito provavelmente só veio a saber (sem entender) o que estava acontecendo na véspera ou antevéspera de seu depoimento.
Pior - o processo foi desumano, pois escorraçaram uma visível doente mental do posto que poderia ter sido desocupado via processo de interdição e, ao fim e ao cabo, tiraram proveito da paciente com sérios indícios de retardamento mental, para afastar-lhe a pena de inabilitação, que, convenhamos, será aproveitada por todos que a julgaram!!! Usaram a pobre deficiente mental em causa própria, esses Senadores astutos!
Isso foi de uma canalhice (para usar o mesmo termo tão usado na parte final da sessão) de dar nojo em Maquiavel.
Já na interdição haveria inúmeras vantagens: a inabilitação, que decorre da constatação de absoluta incapacidade para a prática de qualquer ato da vida civil, não representaria qualquer condenação à acusada de impeachment. Não seria necessário perder dias e noites discutindo tecnicidades padalísticas, nuances orçamentárias em que o discurso vai da falta ao excesso de responsabilidade; enfim - economizaríamos tempo para a acusada, para o Senado, para os envolvidos na acusação e para a trupe da defesa... e por que não, para o BRASIL!!! e, enfim, para o MUNDO e para a GALÁXIA!!!!
Um processo de interdição tem muito mais jurisprudência, tem segurança jurídica e possui um procedimento muito mais adequado e preciso, com detalhes para qualquer tipo de situação, sem contar na higiene hospitalar que o processo de impeachment visivelmente descartou. Assim, jamais seríamos surpreendidos com uma molecagem como a que testemunhamos nos instantes finais desse processo grotesco, inútil e acusativo.
A interdição tem uma beleza intrínseca à sua natureza - não é um processo de jurisdição contenciosa, mas sim de jurisdição voluntária. As coisas "acontecem" naturalmente no processo, sem confrontos. Todos querem chegar a um veredicto clínico final que, convenhamos, é do interesse de todos os envolvidos: clinicamente a pessoa tem cabeça para exercer os atos da vida civil como uma pessoa normal ou há alguma moléstia que a impeça? Eu, honestamente, duvidaria que até a trupe da defesa seria capaz de responder a essa pergunta sem hesitação.
Havendo moléstia, a paciente sai de cena imediatamente e por quanto tempo o médico achar necessário. E só volta se o médico disser, "melhorou totalmente". Seria bom para a paciente, para a defesa, para a acusação, para o BRASIL, o meu BRASIL, o seu BRASIL, o NOSSO BRASIL BRASILEIRO!!!
Assisti a todo esse julgamento e ao depoimento da paciente ao lado do Doutor Pangloss, que me alertou: "As evidências de psicose estão óbvias. Um dos traços mais marcantes do psicopata é agir inconscientemente e, depois de cometido o crime ou o malfeito, portar-se na delegacia de polícia ou em órgãos públicos com a certeza absoluta de que na verdade da sua cabeça, ela é uma vítima. A mania de perseguição e o reiterado hábito de 'ouvir vozes' é uma evidência absoluta dessa patologia. Aos olhos de um espectador, temos a impressão de que há uma falta de compaixão por parte do(a) criminoso(a), mas, na realidade, há mesmo uma falta completa de mecanismos contendores do superego que torna a paciente potencialmente perigosa e, infelizmente, inconsciente dos seus atos ao ponto de cometer o crime e colocar-se imediatamente na posição de vítima".
Fizemos o impeachment da versão feminina de Norman Bates.
E fizemos com o único e exclusivo propósito de tirar proveito da situação dela para favorecer a turma enroscada com vandalismos com o dinheiro público: até prova em contrário, estamos falando de 100% dos presentes naquele julgamento histórico, envolvidos direta ou indiretamente em alguma patifaria que o "jeitinho brasileiro" costuma chamar de "nossa cultura alegre e afável".
E em realidade, deveríamos sim ter nos preocupado com o lado humano e ter enviado essa pessoa para tratamento clínico urgente, numa "clínica de Napolões" de alto nível (sim, ela merece uma boa clínica).
Não se trata de uma questão política, de esquerda ou de direita, de Lavajato, corrupção, pedaladas, Bolsa Família Sim, Bolsa Família Não..., é uma questão de sanidade mental, de saúde pública!
Reitero: mesmo tendo tomado o rumo inadequado, desgastante e tolo do processo do impeachment, as portas para uma interdição total não se fecharam, pois com o tipo de moléstia evidenciado durante o depoimento da Presidenta, creio eu, essa porta estará aberta para sempre.
O caso ali é grave e ousaria dizer que não tem cura não.
E, convenhamos, como a versão feminina de Norman Bates que se constatou antes de ontem, mais hora, menos hora, haveremos de encontrar no armário do Alvorada ou nos porões do Planalto, o cadáver que tanto a amolava...
Meu respeito e meus sentimentos pela paciente injustiçada.
quarta-feira, 31 de agosto de 2016
DILMA RECEBE CONVITE PARA DAR AULA PARA MASSAS
Técnicas novas!!!
Não uso macarroneira, nem água fervendo, nem escorredeira... Aqui é direto na frigideira, viu!!!
EXTRA!! EXTRA!! DILMA ASSUME SECRETARIA DA PESCA
Sua larga experiência e o resultado do processo de impedimento, que permitiu que Dilma continue nos brindando com seus fabulosos discursos, conduziu essa experiente política hábil em PESCA PÚBLICA a assumir esse cargo de forma vitalícia:
Nessa nobre função da PESCARIA PÚBLICA, Dilma já tem inúmeros candidatos a auxiliá-la nessa Secretaria:
domingo, 21 de agosto de 2016
Troca-troca
MOMENTO "TWITTER BOLA PRETA":
Agora que descobrimos que quem escreve os discurso de Dilma é Chico e quem escreve as letras e livos de Chico é Dilma, resta-nos descobrir quem anda escrevendo as novelas da Record em contraponto a certas decisões do STF.
Agora que descobrimos que quem escreve os discurso de Dilma é Chico e quem escreve as letras e livos de Chico é Dilma, resta-nos descobrir quem anda escrevendo as novelas da Record em contraponto a certas decisões do STF.
Brasil dá o troco
por Dom Fernandes III
A mania de grandeza do Brasil deveria ser alvo de estudo mais sério, e não pelos filósofos de sempre mas sim pelos matemáticos.
Pois, no dia a dia, ela desafia até uma ciência exata como a matemática.
O Brasil é o único país que consegue dar valor de "troco" a um empate, achando que o 1 de hoje equivale ao 7 de ontem.
Se continuar assim, como essa matemática peculiar, nunca vai acertar a sua economia, pois mania de grandeza baseada nas "belas praias", nas "riquezas naturais infinitas", na "cultura maravilhosa" e no "povo que nunca para de rir" não é suficiente para por 15 milhões de volta ao trabalho.
A mania de grandeza do Brasil deveria ser alvo de estudo mais sério, e não pelos filósofos de sempre mas sim pelos matemáticos.
Pois, no dia a dia, ela desafia até uma ciência exata como a matemática.
O Brasil é o único país que consegue dar valor de "troco" a um empate, achando que o 1 de hoje equivale ao 7 de ontem.
Se continuar assim, como essa matemática peculiar, nunca vai acertar a sua economia, pois mania de grandeza baseada nas "belas praias", nas "riquezas naturais infinitas", na "cultura maravilhosa" e no "povo que nunca para de rir" não é suficiente para por 15 milhões de volta ao trabalho.
quarta-feira, 17 de agosto de 2016
EXTRA!! EXTRA!!! EXTRA!!! - CARTA DÍLMICA
Extra!!!
Descobrimos que a Carta recentemente assinada por Dilma foi na verdade escrita por Chico Buarque!!!
Chico fez isso em agradecimento à Dilma, que na verdade foi quem escreveu seu último livro, o tal do Irmão Alemão e as letras daquele "discão bunito" de 2011 (foi assim que Dilma chamou a sua obra assinada por Chico).
Hoje topei com alguns conhecidos meus
Me dão bom-dia cheios de carinho;
Dizem para eu ter muita luz
E ficar com Deus
Eles têm pena de eu viver sozinho(a)(Dilma Russiffu)
Descobrimos que a Carta recentemente assinada por Dilma foi na verdade escrita por Chico Buarque!!!
Chico fez isso em agradecimento à Dilma, que na verdade foi quem escreveu seu último livro, o tal do Irmão Alemão e as letras daquele "discão bunito" de 2011 (foi assim que Dilma chamou a sua obra assinada por Chico).
Hoje topei com alguns conhecidos meus
Me dão bom-dia cheios de carinho;
Dizem para eu ter muita luz
E ficar com Deus
Eles têm pena de eu viver sozinho(a)(Dilma Russiffu)
segunda-feira, 8 de agosto de 2016
Mesóclise
Caderno de Dúvidas Linguísticas
por Prof. Pinto Cançado
Eis-me aqui novamente, leitores! O Pinto incansável que jamais deixará uma trepidação linguística repousar.
Se a dúvida linguística aparece, o Pinto surge diante da língua e tira a dúvida e... volta à labuta, Cançado!
E a dúvida que tem pairado é: mesóclise.
O que é a mesóclise?
Para que serve?
Muito bem. A mesóclise é coisa, digamos, da sintaxe. A sintaxe vai trazer regras sobre onde é o lugar correto de se meter certas palavras.
Em algumas frases, onde temos pronomes entre os predicados, qual seja, outras pessoas que não o sujeito da ação como sofredoras dessa ação, há certas ocasiões em que essas pessoas predicativas entram de forma oblíqua na conversa.
Saber meter as coisas certas nos lugares certos no processo artístico de construir uma frase é exatamente o que diferencia um inábil de um expert.
Essa meteção, que os gramáticos chamam de colocação, especificamente no caso da mesóclise, colocação pronominal, demonstra não apenas maturidade, mas conhecimento, firmeza, segurança, clareza, enfim, experiência.
Saber usar a língua, de certa forma, não é apenas uma questão gramatical, de estilo ou de status: é uma questão de autoridade, pois visa transmitir, além da mensagem (conteúdo), sensação de segurança (forma).
Diante de energúmeno gramatical, nos sentimos inseguros, pois mais que ele se esforce em dizer algo que sabe, comumente não sabe como fazê-lo. E esse "como" de modo amplo tem mais importância do que "o que se pretende dizer", sobretudo nos tempos de Dr. Google.
Na forma também sabemos se o conteúdo faz sentido e é verdadeiro: quem sabe a forma correta de dizer as coisas, pode esconder por algum tempo que não sabe o que diz - por algum tempo. A forma há de desvendar o parlapatão, com o passar do tempo: deixe-o falar, a vontade e logo o conteúdo surgirá como o gás que sai ao girarmos a rosca da garrafa de refrigerante. E logo notaremos que se todo gás sair, o conteúdo fica intragável.
A mesóclise (voltando a ela) é talvez o ápice dessa arte da meteção das coisas certas nos lugares certos.
A mesóclise se dá quando você precisa meter o pronome literalmente no meio da ação, para, digamos, não agredir nossos orifícios, que o Mestre Napoleão (§841) assim dá destaque:
Repugna ao ouvido, nas formas do futuro do presente e nas do futuro do pretérito, a posposição dos oblíquos. A não ser que tenha os ouvidos inteiramente estragados, ninguém irá dizer farei-te, fará-nos, fará-vos, faríamos-lhe etc.
Veja que curioso e que sensacional: ele não disse "a não ser que tenha os ouvidos inteiramente estragados, não dizer-se-á farei-te"; ele fez questão de dizer que "ninguém irá dizer", muito apesar de termos ai uma ótima chance que o futuro do presente teve perdida pela presença do "não" (Napoleão é Napoleão!). Eu até diria que "ninguém estará a dizer", ou, para ser simpático, simplesmente "ninguém vai estar dizendo...".
Pois bem - esse notável professor tão preocupado com os nossos orifícios em matéria de colocação, com ênfase para duto auricular, ainda deu dicas preciosas para se ter a mesóclise num grau jamais tido:
Nessas formas podemos encontrar até dois oblíquos mesoclíticos: 'devolver-no-la-ão vocês?'.
Repito: devolver-no-la-ão vocês?
Eu, cá comigo, Pinto Cançado, acho que não: ficará tudo como está.
Quanto à mesóclise, partindo do pressuposto que é uma técnica de meteção de um ser, na forma de um pronome e que entra obliquamente na conversa, ali, bem no meio da ação, para não machucar as posições do sujeito que pratica a ação (ativa ou passivamente), temos que seu préstimo tem vistas a preservar a integridade dos orifícios, sobretudo dos ouvidos.
Se assim deixar de ser, devolver-no-la-á (traduzindo = a integridade ao ouvido), sem temer, jamais.
por Prof. Pinto Cançado
Eis-me aqui novamente, leitores! O Pinto incansável que jamais deixará uma trepidação linguística repousar.
Se a dúvida linguística aparece, o Pinto surge diante da língua e tira a dúvida e... volta à labuta, Cançado!
E a dúvida que tem pairado é: mesóclise.
O que é a mesóclise?
Para que serve?
Muito bem. A mesóclise é coisa, digamos, da sintaxe. A sintaxe vai trazer regras sobre onde é o lugar correto de se meter certas palavras.
Em algumas frases, onde temos pronomes entre os predicados, qual seja, outras pessoas que não o sujeito da ação como sofredoras dessa ação, há certas ocasiões em que essas pessoas predicativas entram de forma oblíqua na conversa.
Saber meter as coisas certas nos lugares certos no processo artístico de construir uma frase é exatamente o que diferencia um inábil de um expert.
Essa meteção, que os gramáticos chamam de colocação, especificamente no caso da mesóclise, colocação pronominal, demonstra não apenas maturidade, mas conhecimento, firmeza, segurança, clareza, enfim, experiência.
Saber usar a língua, de certa forma, não é apenas uma questão gramatical, de estilo ou de status: é uma questão de autoridade, pois visa transmitir, além da mensagem (conteúdo), sensação de segurança (forma).
Diante de energúmeno gramatical, nos sentimos inseguros, pois mais que ele se esforce em dizer algo que sabe, comumente não sabe como fazê-lo. E esse "como" de modo amplo tem mais importância do que "o que se pretende dizer", sobretudo nos tempos de Dr. Google.
Na forma também sabemos se o conteúdo faz sentido e é verdadeiro: quem sabe a forma correta de dizer as coisas, pode esconder por algum tempo que não sabe o que diz - por algum tempo. A forma há de desvendar o parlapatão, com o passar do tempo: deixe-o falar, a vontade e logo o conteúdo surgirá como o gás que sai ao girarmos a rosca da garrafa de refrigerante. E logo notaremos que se todo gás sair, o conteúdo fica intragável.
A mesóclise (voltando a ela) é talvez o ápice dessa arte da meteção das coisas certas nos lugares certos.
A mesóclise se dá quando você precisa meter o pronome literalmente no meio da ação, para, digamos, não agredir nossos orifícios, que o Mestre Napoleão (§841) assim dá destaque:
Repugna ao ouvido, nas formas do futuro do presente e nas do futuro do pretérito, a posposição dos oblíquos. A não ser que tenha os ouvidos inteiramente estragados, ninguém irá dizer farei-te, fará-nos, fará-vos, faríamos-lhe etc.
Veja que curioso e que sensacional: ele não disse "a não ser que tenha os ouvidos inteiramente estragados, não dizer-se-á farei-te"; ele fez questão de dizer que "ninguém irá dizer", muito apesar de termos ai uma ótima chance que o futuro do presente teve perdida pela presença do "não" (Napoleão é Napoleão!). Eu até diria que "ninguém estará a dizer", ou, para ser simpático, simplesmente "ninguém vai estar dizendo...".
Pois bem - esse notável professor tão preocupado com os nossos orifícios em matéria de colocação, com ênfase para duto auricular, ainda deu dicas preciosas para se ter a mesóclise num grau jamais tido:
Nessas formas podemos encontrar até dois oblíquos mesoclíticos: 'devolver-no-la-ão vocês?'.
Repito: devolver-no-la-ão vocês?
Eu, cá comigo, Pinto Cançado, acho que não: ficará tudo como está.
Quanto à mesóclise, partindo do pressuposto que é uma técnica de meteção de um ser, na forma de um pronome e que entra obliquamente na conversa, ali, bem no meio da ação, para não machucar as posições do sujeito que pratica a ação (ativa ou passivamente), temos que seu préstimo tem vistas a preservar a integridade dos orifícios, sobretudo dos ouvidos.
Se assim deixar de ser, devolver-no-la-á (traduzindo = a integridade ao ouvido), sem temer, jamais.
Expectativas Olímpicas Concretizadas
Seção Editorial
por Dom Fernandes III
Muitos se surpreenderam com a primeira medalha brasileira na Rio-2016.
Os leitores deste Folha da Madrugada, no entanto, já tinham plena consciência das nossas concretas chances olímpicas e estavam bem informados, desde 8 de fevereiro deste ano, sobre essas tais Expectativas Olímpicas.
Continue lendo outros jornais e você cairá no engodo de que nossas chances olímpicas ainda estão no ludopédio...
por Dom Fernandes III
Muitos se surpreenderam com a primeira medalha brasileira na Rio-2016.
Os leitores deste Folha da Madrugada, no entanto, já tinham plena consciência das nossas concretas chances olímpicas e estavam bem informados, desde 8 de fevereiro deste ano, sobre essas tais Expectativas Olímpicas.
Continue lendo outros jornais e você cairá no engodo de que nossas chances olímpicas ainda estão no ludopédio...
segunda-feira, 1 de agosto de 2016
Editorial Olímpico
por Dom Fernandes III
Dada a qualidade das moscas, a bosta é o que o Brasil tem de melhor a oferecer.
segunda-feira, 25 de julho de 2016
Esperando o que?
Especial para
Caderno de Assuntos Complexos e Espinhosos
por Rajul Tayib Al Jusur
Vejo há algum tempo quase todos os dias notícias de atentados.
Um aqui, outro acolá; 120 mortos aqui, 346 feridos acolá, 3 mortos neste outro lugar, mais 2 mortos (incluindo o explosivo que estava preso a um dos homens) e assim por diante.
Se vão e, consigo, levam alguém; sem dó, nem piedade.
O que os motiva? Algo que muitos dizem ser antigo, mas eu, depois de ler muito o Corão, posso dizer: é algo novo.
Esses motivos tem um nome: jihadismo.
O jihadismo é algo extremamente diferente do islamismo. Um não se confunde com o outro.
Ousaria até dizer que um nem sequer tem o mínimo a ver com o outro.
São coisas diferentes e que não se confundem.
Há no islamismo, até mesmo no mais radical, a aceitação de que ao lado dos cinco pilares (crer, orar, jejuar, peregrinar/caminhar e ajudar), teríamos ainda a jihad, que se lê em conjunto com mais duas obrigações: praticar o bem, afastar-se do mal.
A jihad é uma luta, mas para a grande maioria dos islamitas, uma luta interior, do homem consigo mesmo. Por isso ela jamais deve ser lida isoladamente, sem que se tenha a exaltação do bem e o afastamento do mal como instrumentos necessários.
Há ainda quem diga que essa luta é física, externa. Não há nenhum problema com essa interpretação mais radical, também conhecida como Jihad Menor, desde que essa "luta" se faça para a promoção do bem e o afastamento mais absoluto do mal, o que leva alguns a entender a jihad como uma prática de conversão de novos adeptos por meio da palavra, digamos (me desculpem irmãos!!!), evangelizadora...
Não preciso lecionar aqui o que é BEM e o que é MAL. Quando completamos 3 anos de idade e aprendemos a falar e ver desenhos animados, essa distinção fica clara. Sabemos o que é o bem e o que é o mal, sem qualquer dificuldade.
Qualquer um sabe que matar é uma das mais perfeitas e acabadas práticas do MAL.
Um dos maiores e mais irrepreensíveis exemplos de PRÁTICA DO MAL, de APROXIMAR-SE DO MAL está no ato covarde de tirar uma vida. Isso não se discute, nem mesmo na legítima defesa: por isso é chamada de legítima - uma morte que visa salvar uma ou mais vidas, incluindo necessariamente a própria.
Portanto, quando alguém mata outrém e diz estar fazendo isso para cumprir uma regra que manda, acima de tudo, praticar o bem, na realidade, o assassino não está cumprindo essa regra pois o ato de matar não está dentro das jurisprudências de "praticar o bem".
De fato, criou uma regra nova.
Uma regra em que associa morte e BEM.
Não se trata de interpretação, pois as interpretações têm limites e essa forma de interpretar a jihad Menor é regra nova e não interpretação, pois passa do limite de interpretação autorizado pelo próprio ISLAMISMO como um todo. Não há no Corão e nem em qualquer regra essa associação entre MATAR e praticar o bem.
Quando se retira essa regra e se faz dela princípio basilar de novas regras, interpretações e justificações, tem-se algo novo que o ISLÃO não reconhece como seu na matriz de seus textos.
Esse algo novo, baseado em disse-que-me-disse e outras fontes secundárias, terciárias, quaternárias e afins, vamos então chamar de JIHADISMO.
No jihadismo há alguns princípios comuns que são vistos em todas as ações, reinvindicadas por outros jihadistas sobreviventes, ou meramente estão no passado escrito de um suicida que levou com ele mais gente sem que estivesse ligado a outros jihadistas que possam reinvidicar a ordem (aquela coisa do domínio do fato vs. bobo solitário).
Nessas regras o fim último é a DESTRUIÇÃO.
Essa destruição é o tronco principal da árvore da intolerância e se mostra como uma espécie de Apotherósis, o ápice do jihadismo e da transformação definitiva do homem em besta.
A destruição se torna digna de elogio entre seus pares quando as vítimas representam alguma diferença marcante: gays, mulheres, outras raças, outros credos, outras ideias, outras nacionalidades, outros pensamentos políticos, outros modos de vida cuja existência motiva nos jihadistas o mais puro e simples ÓDIO.
Contudo, ao longo de sua vida essa intolerância e esse ódio, antes de se tornar um ato literalmente explosivo, repentino, indefensável e covarde, vai sendo objeto de uma prática constante de segregação e, acima de tudo, PRECONCEITO.
Não deve haver o menor constrangimento em se admitir que o jihadismo tem fortíssima base racista.
Há também uma pregação de superioridade e de supremacia de credo em relação a qualquer outro.
Os jihadistas cultivam durante o percurso de suas práticas uma miríade constante de preconceitos de gênero, de cor, de credo e de raça. Os demais, não jihadistas e não islamitas mas politicamente corretos, toleram esse ódio, seja por medo, seja por burrice, seja por covardia, seja por ignorância. E essa ignorância é de um único tipo: acreditam que o jihadista é um islamita, quando não é.
O que me chama a atenção é que mesmo havendo inúmeras organizações jihadistas pelo mundo, há quem ainda confunda isso com o islamismo e é aqui que mora o problema todo.
Aliás, os jihadistas, com a desculpa de estarem focados em um projeto paramilitar de ódio, preconceito, extermínio de raças (a começar, obviamente, pelo extermínio sionista, algo que nenhum jihadista faz questão de esconder, nem mesmo em relação aos judeus muçulmanos), acabam sendo de certa forma frouxos com um, mais ou todos os pilares: não chegam a orar com afinco todos os dias, crêem titubeando constantemente, alguns até bebem, poucos jejuam, quase nenhum peregrina (dizem, falta tempo...) e, todos, sem exceção, não dão esmolas para não faltar dinheiro para a causa jihadista.
Faltando com os pilares, se distanciam do que eles representam e se aproximam de outra coisa que cresce na seiva da intolerância por meio do ódio, do preconceito, da misoginia, da homofobia, enfim, do racismo.
Em 1933 Adolf Hitler escreveu suas bestialidades e motivou a criação do seu sistema de vida baseado nas mesmas drogas retóricas: ódio, preconceito, racismo; atualizadas no jihadismo pela homofobia e pela misoginia.
Demoraram para dizer aos simpatizantes hitleristas: "ei, vocês estão cruzando uma linha proibida, que nenhuma interpretação ou lógica autoriza".
Deu no que deu.
E em virtude dessa demora, hoje é absolutamente proibido ostentar as marcas exteriores que relacionam meras intenções com aquelas ideias da Minha Luta (e vejam como o tema da "luta", seja lá, com Hitler, seja aqui, no jihadismo, vez ou outra reaparece).
Hoje é considerado até mesmo crime negar o holocausto ou tentar divulgar ideias que queiram falar bem de Hitler e de seus ideais estapafúrdios. Muitos até estendem essa proibição às ideias fascistas, ainda que Mussolini não tenha tido qualquer associação de seu regime com o racismo hitlerista. Nazi-fascismo, inclusive, estão sob o mesmo manto de proibição, tenha o fascismo italiano se enveredado de fato para políticas de extermínio ou não. Está proibido e pronto.
Por outro lado, e ai é uma questão de maturidade política que não vejo no jihadismo, o movimento de eugenia nos EUA também foi pelo mesmo caminho e, convenhamos, não precisou de proibição para sumir do mapa. Mas lá havia bom senso, coisa que falta aqui, hoje e no jihadismo.
Voltando ao jihadismo portanto, me parece aqui (e Allah seja louvado!), estarmos perdendo um enorme tempo para começar a reconhecer no jihadismo aquilo que demoramos a perceber no nazismo e no hitlerismo e dar àquele o tratamento que damos a estes hoje.
Atos que manifestem à condução de uma Apotherósis, ainda que sejam ideias, elogios, simpatias, curtidas, "thumbs up", devem ser criminalizados e os seus praticamentes devem receber exatamente o mesmo tratamento que se dá a membros da Ku Klux Klan e a nazistas de novas ondas.
Manifestações de misoginia, homofobia, assédio moral, preconceito (de qualquer forma) e racismo, sobretudo quando motivadas em jihadismo, não fazem parte de qualquer religião e por isso não podem ser consideradas atos de liberdade religiosa - são apenas atos políticos proibidos, assim como são tratados os mesmos atos quando fundamentados no nazismo e em doutrinas de superioridade de qualquer natureza (raça, religião, credo, gênero, opção afetiva e que tais).
O que estamos esperando para tratar o jihadismo da mesma forma que tratamos o nazismo?
Caderno de Assuntos Complexos e Espinhosos
por Rajul Tayib Al Jusur
Vejo há algum tempo quase todos os dias notícias de atentados.
Um aqui, outro acolá; 120 mortos aqui, 346 feridos acolá, 3 mortos neste outro lugar, mais 2 mortos (incluindo o explosivo que estava preso a um dos homens) e assim por diante.
Se vão e, consigo, levam alguém; sem dó, nem piedade.
O que os motiva? Algo que muitos dizem ser antigo, mas eu, depois de ler muito o Corão, posso dizer: é algo novo.
Esses motivos tem um nome: jihadismo.
O jihadismo é algo extremamente diferente do islamismo. Um não se confunde com o outro.
Ousaria até dizer que um nem sequer tem o mínimo a ver com o outro.
São coisas diferentes e que não se confundem.
Há no islamismo, até mesmo no mais radical, a aceitação de que ao lado dos cinco pilares (crer, orar, jejuar, peregrinar/caminhar e ajudar), teríamos ainda a jihad, que se lê em conjunto com mais duas obrigações: praticar o bem, afastar-se do mal.
A jihad é uma luta, mas para a grande maioria dos islamitas, uma luta interior, do homem consigo mesmo. Por isso ela jamais deve ser lida isoladamente, sem que se tenha a exaltação do bem e o afastamento do mal como instrumentos necessários.
Há ainda quem diga que essa luta é física, externa. Não há nenhum problema com essa interpretação mais radical, também conhecida como Jihad Menor, desde que essa "luta" se faça para a promoção do bem e o afastamento mais absoluto do mal, o que leva alguns a entender a jihad como uma prática de conversão de novos adeptos por meio da palavra, digamos (me desculpem irmãos!!!), evangelizadora...
Não preciso lecionar aqui o que é BEM e o que é MAL. Quando completamos 3 anos de idade e aprendemos a falar e ver desenhos animados, essa distinção fica clara. Sabemos o que é o bem e o que é o mal, sem qualquer dificuldade.
Qualquer um sabe que matar é uma das mais perfeitas e acabadas práticas do MAL.
Um dos maiores e mais irrepreensíveis exemplos de PRÁTICA DO MAL, de APROXIMAR-SE DO MAL está no ato covarde de tirar uma vida. Isso não se discute, nem mesmo na legítima defesa: por isso é chamada de legítima - uma morte que visa salvar uma ou mais vidas, incluindo necessariamente a própria.
Portanto, quando alguém mata outrém e diz estar fazendo isso para cumprir uma regra que manda, acima de tudo, praticar o bem, na realidade, o assassino não está cumprindo essa regra pois o ato de matar não está dentro das jurisprudências de "praticar o bem".
De fato, criou uma regra nova.
Uma regra em que associa morte e BEM.
Não se trata de interpretação, pois as interpretações têm limites e essa forma de interpretar a jihad Menor é regra nova e não interpretação, pois passa do limite de interpretação autorizado pelo próprio ISLAMISMO como um todo. Não há no Corão e nem em qualquer regra essa associação entre MATAR e praticar o bem.
Quando se retira essa regra e se faz dela princípio basilar de novas regras, interpretações e justificações, tem-se algo novo que o ISLÃO não reconhece como seu na matriz de seus textos.
Esse algo novo, baseado em disse-que-me-disse e outras fontes secundárias, terciárias, quaternárias e afins, vamos então chamar de JIHADISMO.
No jihadismo há alguns princípios comuns que são vistos em todas as ações, reinvindicadas por outros jihadistas sobreviventes, ou meramente estão no passado escrito de um suicida que levou com ele mais gente sem que estivesse ligado a outros jihadistas que possam reinvidicar a ordem (aquela coisa do domínio do fato vs. bobo solitário).
Nessas regras o fim último é a DESTRUIÇÃO.
Essa destruição é o tronco principal da árvore da intolerância e se mostra como uma espécie de Apotherósis, o ápice do jihadismo e da transformação definitiva do homem em besta.
A destruição se torna digna de elogio entre seus pares quando as vítimas representam alguma diferença marcante: gays, mulheres, outras raças, outros credos, outras ideias, outras nacionalidades, outros pensamentos políticos, outros modos de vida cuja existência motiva nos jihadistas o mais puro e simples ÓDIO.
Contudo, ao longo de sua vida essa intolerância e esse ódio, antes de se tornar um ato literalmente explosivo, repentino, indefensável e covarde, vai sendo objeto de uma prática constante de segregação e, acima de tudo, PRECONCEITO.
Não deve haver o menor constrangimento em se admitir que o jihadismo tem fortíssima base racista.
Há também uma pregação de superioridade e de supremacia de credo em relação a qualquer outro.
Os jihadistas cultivam durante o percurso de suas práticas uma miríade constante de preconceitos de gênero, de cor, de credo e de raça. Os demais, não jihadistas e não islamitas mas politicamente corretos, toleram esse ódio, seja por medo, seja por burrice, seja por covardia, seja por ignorância. E essa ignorância é de um único tipo: acreditam que o jihadista é um islamita, quando não é.
O que me chama a atenção é que mesmo havendo inúmeras organizações jihadistas pelo mundo, há quem ainda confunda isso com o islamismo e é aqui que mora o problema todo.
Aliás, os jihadistas, com a desculpa de estarem focados em um projeto paramilitar de ódio, preconceito, extermínio de raças (a começar, obviamente, pelo extermínio sionista, algo que nenhum jihadista faz questão de esconder, nem mesmo em relação aos judeus muçulmanos), acabam sendo de certa forma frouxos com um, mais ou todos os pilares: não chegam a orar com afinco todos os dias, crêem titubeando constantemente, alguns até bebem, poucos jejuam, quase nenhum peregrina (dizem, falta tempo...) e, todos, sem exceção, não dão esmolas para não faltar dinheiro para a causa jihadista.
Faltando com os pilares, se distanciam do que eles representam e se aproximam de outra coisa que cresce na seiva da intolerância por meio do ódio, do preconceito, da misoginia, da homofobia, enfim, do racismo.
Em 1933 Adolf Hitler escreveu suas bestialidades e motivou a criação do seu sistema de vida baseado nas mesmas drogas retóricas: ódio, preconceito, racismo; atualizadas no jihadismo pela homofobia e pela misoginia.
Demoraram para dizer aos simpatizantes hitleristas: "ei, vocês estão cruzando uma linha proibida, que nenhuma interpretação ou lógica autoriza".
Deu no que deu.
E em virtude dessa demora, hoje é absolutamente proibido ostentar as marcas exteriores que relacionam meras intenções com aquelas ideias da Minha Luta (e vejam como o tema da "luta", seja lá, com Hitler, seja aqui, no jihadismo, vez ou outra reaparece).
Hoje é considerado até mesmo crime negar o holocausto ou tentar divulgar ideias que queiram falar bem de Hitler e de seus ideais estapafúrdios. Muitos até estendem essa proibição às ideias fascistas, ainda que Mussolini não tenha tido qualquer associação de seu regime com o racismo hitlerista. Nazi-fascismo, inclusive, estão sob o mesmo manto de proibição, tenha o fascismo italiano se enveredado de fato para políticas de extermínio ou não. Está proibido e pronto.
Por outro lado, e ai é uma questão de maturidade política que não vejo no jihadismo, o movimento de eugenia nos EUA também foi pelo mesmo caminho e, convenhamos, não precisou de proibição para sumir do mapa. Mas lá havia bom senso, coisa que falta aqui, hoje e no jihadismo.
Voltando ao jihadismo portanto, me parece aqui (e Allah seja louvado!), estarmos perdendo um enorme tempo para começar a reconhecer no jihadismo aquilo que demoramos a perceber no nazismo e no hitlerismo e dar àquele o tratamento que damos a estes hoje.
Atos que manifestem à condução de uma Apotherósis, ainda que sejam ideias, elogios, simpatias, curtidas, "thumbs up", devem ser criminalizados e os seus praticamentes devem receber exatamente o mesmo tratamento que se dá a membros da Ku Klux Klan e a nazistas de novas ondas.
Manifestações de misoginia, homofobia, assédio moral, preconceito (de qualquer forma) e racismo, sobretudo quando motivadas em jihadismo, não fazem parte de qualquer religião e por isso não podem ser consideradas atos de liberdade religiosa - são apenas atos políticos proibidos, assim como são tratados os mesmos atos quando fundamentados no nazismo e em doutrinas de superioridade de qualquer natureza (raça, religião, credo, gênero, opção afetiva e que tais).
O que estamos esperando para tratar o jihadismo da mesma forma que tratamos o nazismo?
sexta-feira, 22 de julho de 2016
Senha de Acesso
Caderno de Tecnologia
Encarte Especial de Assuntos Complexos e Espinhosos
por Cláudio Busilis
ESPECIAL PARA A FOLHA DA MADRUGADA
Fui carinhosamente convidado pelo Editor Chefe Fernandes III para analisar uma situação pontual e específica, dada a minha experiência com temas envolvendo a Tecnologia da Informação e também a Inteligência Artificial.
Ocorreu aqui que feito um certo comentário esclarecendo uma circunstância a respeito do malfadado e bizarro Golpe (tentado) na Turquia, uma de nossas leitoras, ao ver a notícia, escreveu em seu twitter o exato contrário do que aqui foi explanado.
De fato, um dos problemas do jornalismo moderno e antigo é essa questão do leitor. O Editor e o jornal não têm muito controle sobre os leitores, nem em relação a qualidade intelectual deles nem em relação ao que eles dizem ter lido aqui.
Ai surgem coisas como "a Folha da Madrugada está comigo...", ou "li lá no Bola Preta isso isso e aquilo", fazendo assim inflexão equivocada sobre a própria ideia, como se ela estivesse aqui sendo sustentada.
O interlocutor que não leu, normalmente do mesmo nível de inteligência artificial que o emissário-submarino da mensagem, acaba acreditando que realmente o Bola Preta equiparou a tentativa de golpe na Turquia a remoção de tártaro na arcada dentária brasiliense.
Não.
Não foi isso que ocorreu e essa equiparação é equivocada.
Ocorreu exatamente o inverso: o jornal tentou mostrar a distância entre as situações.
Pois bem - de quem é a culpa então? Do jornal ou do leitor?
Ora ora, o leitor (cliente) tem sempre razão e não serei eu aqui a dizer que o jornal prevalece sobre o cliente.
Sendo a culpa do jornal e não detendo um mecanismo eficaz de escolha adequada de seus leitores (imprensa livre é uma merda....), eu, como especialista em tecnologia da informação, recomendo ao jornal que "escalone" seus leitores criando senhas de acesso para poder ler certas notícias e comentários.
Nesse caso, poderiam os editores "fechar" o tema e submeter a "abertura" da notícia, quando clicada, só e apenas mediante a resposta adequada a algum ou qualquer questionamento que imediatamente redireciona o leitor para a notícia em caso de resposta certa ou, caso errada, redireciona o leitor, por exemplo, para um outro site como este.
Sugerimos, então, começar a fechar alguns temas com questões como, por exemplo, "quanto é 13-4?" ou ainda "quatro pra treze dá quanto?".
Acertou, lê a notícia; errou, Pokemon Challenge!!!
Encarte Especial de Assuntos Complexos e Espinhosos
por Cláudio Busilis
ESPECIAL PARA A FOLHA DA MADRUGADA
Fui carinhosamente convidado pelo Editor Chefe Fernandes III para analisar uma situação pontual e específica, dada a minha experiência com temas envolvendo a Tecnologia da Informação e também a Inteligência Artificial.
Ocorreu aqui que feito um certo comentário esclarecendo uma circunstância a respeito do malfadado e bizarro Golpe (tentado) na Turquia, uma de nossas leitoras, ao ver a notícia, escreveu em seu twitter o exato contrário do que aqui foi explanado.
De fato, um dos problemas do jornalismo moderno e antigo é essa questão do leitor. O Editor e o jornal não têm muito controle sobre os leitores, nem em relação a qualidade intelectual deles nem em relação ao que eles dizem ter lido aqui.
Ai surgem coisas como "a Folha da Madrugada está comigo...", ou "li lá no Bola Preta isso isso e aquilo", fazendo assim inflexão equivocada sobre a própria ideia, como se ela estivesse aqui sendo sustentada.
O interlocutor que não leu, normalmente do mesmo nível de inteligência artificial que o emissário-submarino da mensagem, acaba acreditando que realmente o Bola Preta equiparou a tentativa de golpe na Turquia a remoção de tártaro na arcada dentária brasiliense.
Não.
Não foi isso que ocorreu e essa equiparação é equivocada.
Ocorreu exatamente o inverso: o jornal tentou mostrar a distância entre as situações.
Pois bem - de quem é a culpa então? Do jornal ou do leitor?
Ora ora, o leitor (cliente) tem sempre razão e não serei eu aqui a dizer que o jornal prevalece sobre o cliente.
Sendo a culpa do jornal e não detendo um mecanismo eficaz de escolha adequada de seus leitores (imprensa livre é uma merda....), eu, como especialista em tecnologia da informação, recomendo ao jornal que "escalone" seus leitores criando senhas de acesso para poder ler certas notícias e comentários.
Nesse caso, poderiam os editores "fechar" o tema e submeter a "abertura" da notícia, quando clicada, só e apenas mediante a resposta adequada a algum ou qualquer questionamento que imediatamente redireciona o leitor para a notícia em caso de resposta certa ou, caso errada, redireciona o leitor, por exemplo, para um outro site como este.
Sugerimos, então, começar a fechar alguns temas com questões como, por exemplo, "quanto é 13-4?" ou ainda "quatro pra treze dá quanto?".
Acertou, lê a notícia; errou, Pokemon Challenge!!!
quarta-feira, 20 de julho de 2016
DIA DO AMIGO!!!
Comemorem bastante hoje, leitores, leitoras... Pois nos demais 364 dias, vocês precisarão de muita energia para gastar com os inimigos e comemorar, a cada dia, aquele pequeno asco que nos une socialmente...
sábado, 16 de julho de 2016
Turquia
Caderno de Política
por Cícero Esdras Neemias
Depois da hábil tentativa do Professor Pinto Cançado de explicar gramaticalmente o conceito de golpe, espero que as infelizes ocorrências na Turquia tenham deixado claro aos debatedores pro e contra a remoção de Dilma Rousseff da posição duvidosamente democrática* a que foi alçada, qual o conceito mais claro de golpe sob o ponto de vista político.
Golpe é o que quase se passou na Turquia.
O resto é conversa mole.
* - nas democracias verdadeiras não se aceitam mentiras para se conquistar o poder - coisas como "fazer o diabo", digamos, não são parte do jogo democrático. Encerremos esse assunto definitivamente, por favor.
por Cícero Esdras Neemias
Depois da hábil tentativa do Professor Pinto Cançado de explicar gramaticalmente o conceito de golpe, espero que as infelizes ocorrências na Turquia tenham deixado claro aos debatedores pro e contra a remoção de Dilma Rousseff da posição duvidosamente democrática* a que foi alçada, qual o conceito mais claro de golpe sob o ponto de vista político.
Golpe é o que quase se passou na Turquia.
O resto é conversa mole.
* - nas democracias verdadeiras não se aceitam mentiras para se conquistar o poder - coisas como "fazer o diabo", digamos, não são parte do jogo democrático. Encerremos esse assunto definitivamente, por favor.
sexta-feira, 15 de julho de 2016
terça-feira, 5 de julho de 2016
Fórmula para o Crescimento da Economia
Caderno de Economia
por B. Batista Brogna
Confesso que em meu primeiro dia na Folha da Madrugada, este estupendo veículo dos dinâmicos e profícuos DIÁRIOS ASSOCIADOS BOLA PRETA, eu.... ME EMPOLGUEI!!!
Ora, um filosófo pode escrever sobre qualquer ciência social!
Fala de sociologia, de antropologia e de política.
Fala também de futebol e fala do que quiser, sempre, obviamente, ora!, questionando.
E a questão que me surgiu foi na ciência econômica: por que no Brasil, um país com tantas riquezas, crescemos tão pouco?
Ora...
Temos que valorizar a nossa abundância natural!
Pois... ONDE ABUNDA, NÃO HÁ CARÊNCIA!
E NO BRASIL ABUNDA DE SOBRA!! BASTA EXPLORAR ONDE ABUNDA!
Como já notou o japonês neste Caderno de Economia, temos que voltar a trabalhar, temos QUE BOTAR A MÃO NA MASSA, TEMOS QUE METER A MÃO ONDE ABUNDA!!!
EXPLORANDO ONDE ABUNDA NO BRASIL, TENHO CERTEZA, A ECONOMIA VOLTARÁ A CRESCER... COMO NUNCA!!
por B. Batista Brogna
Confesso que em meu primeiro dia na Folha da Madrugada, este estupendo veículo dos dinâmicos e profícuos DIÁRIOS ASSOCIADOS BOLA PRETA, eu.... ME EMPOLGUEI!!!
Ora, um filosófo pode escrever sobre qualquer ciência social!
Fala de sociologia, de antropologia e de política.
Fala também de futebol e fala do que quiser, sempre, obviamente, ora!, questionando.
E a questão que me surgiu foi na ciência econômica: por que no Brasil, um país com tantas riquezas, crescemos tão pouco?
Ora...
Temos que valorizar a nossa abundância natural!
Pois... ONDE ABUNDA, NÃO HÁ CARÊNCIA!
E NO BRASIL ABUNDA DE SOBRA!! BASTA EXPLORAR ONDE ABUNDA!
Como já notou o japonês neste Caderno de Economia, temos que voltar a trabalhar, temos QUE BOTAR A MÃO NA MASSA, TEMOS QUE METER A MÃO ONDE ABUNDA!!!
EXPLORANDO ONDE ABUNDA NO BRASIL, TENHO CERTEZA, A ECONOMIA VOLTARÁ A CRESCER... COMO NUNCA!!
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