domingo, 18 de dezembro de 2016

Tapetão Mágico de Lulja

Caderno de Política
por Cícero Esdras Neemias

O presidente Lulja, esse ás no Estado, fez uma opção que cobrará o seu preço: ao invés de governar por meio de decretos, assumiu abertamente a alternativa de governar por meio de decrépitos - sabemos onde isso vai chegar.

Como bom descendente de fenícios que é, deu-se ao trabalho de tecelão e desde há tempos, vai cosendo o tapete com que tenta cobrir toda a sujeira que está à mostra em seu governo.

Não perde tempo varrendo (sob tapetes de má qualidade e que, convenhamos, já estão cheios de sujeira varrida por seus antecessores) - ele faz mais e de maneira mais hábil, inédita e incrível: vai tecendo o seu próprio cobre-merdas, mas, notem; comete um erro.

Tece e estica ao mesmo tempo, mas segue tecendo os metros faltantes de tapete justamente em cima da parte já tecida.

Em 2017, todos estarão cobertos sobre o Tapetão Mágico de Lulja, que pensa ele, solitário sobre o tapete, há de voar mais alto que o de Alladin. Engana-se Lulja. Antes que o Tapete Mágico voe ou mesmo sequer termine de ser tecido por aquele que insiste em ficar sobre o mesmo tapete, um grupo de mãos há de puxá-lo, precipitando para a sujeira mal coberta o tristonho Lulja. E ele, com seus 40 cobertos, serão desta vez varridos para sempre do parquet, tamanho o loteamento dos demais tapetes da história, onde não mais caberão, nem mesmo para ouvir dos demais acobertados: eu te avisei...