Caderno de Assuntos Menores
Eugênio Villas
Recente pesquisa promovida pela UnB identificou que o órgão público brasileiro recordista em casos de assédio moral (gritar com funcionários, promover injúrias raciais e homofóbicas, jogar café fervendo na cara do subalterno, e, em um ou outro casinho, dar uns tabefes de leve), com a incrível marca de 66% de seu quadro já tendo sido vítima de assédio por parte de seus chefes e gestores, é, nada mais, nada menos que o nosso querido Itamaraty, fundado pelo Gentleman Barão do Rio Branco.
Sim.
É isso mesmo.
O órgão público brasileiro mais indelicado, escroto, rabugento, covarde, chiliquento, ignorante, bestial e antipático tem como principal atribuição a promoção da Diplomacia no âmbito internacional.
Como esses "diplomatas de carreira" (chefes responsáveis pelas práticas) podem entender e dialogar com um muçulmano se sequer são capazes de entender um bahiano, um carioca ou um gaucho?
13 anos interagindo com Diplomatas da Venezuela, Equador, Bolívia, Argentina kirschnerista, Uruguai do Mujica, Irã do Almadinejad, China, Coreia do Norte, Sudão, Síria de Bashar el Assad, Líbia de Kaddafi, Iraque de Hussein e outras pérolas do discurso político diplomático internacional de pouco tato, foram suficientes para internalizar uma cultura do grito, do palavrão, da boca suja e do assédio que começou, lá atrás, com a dupla Lula-Dilma, que apenas se deu ao trabalho de seguir a cartilha da camarilha.
De fato, o Brasil não é um país para amadores justamente porque é um país de amadores - diplomaticamente amadores.